Municípios da Serra debatem a reativação de transporte ferroviário
Ideia é tornar a indústria da região mais competitiva com a integração de modais
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O objetivo do comitê provisório é a ampliação da finalidade do grupo de trabalho, que passará a tratar, além do trem de passageiros, também sobre trem de cargas, integrando os modais ferroviário, rodoviário, aeroviário e dutos de energia.
Adamolli destaca que hoje o custo de transporte está fazendo com que a indústria da região seja menos competitiva. Ele cita que transporte via rodoviária representa cerca de 20% do custo final de um produto, especialmente no setor metalúrgico.
A ideia é ampliar e integrar os diversos modais. Um exemplo citado é o ramal ferroviário tronco sul, que chega até Vacaria, e poderia ser estendido até Caxias do Sul tendo vinculação com o aeroporto de cargas de Vila Oliva (ainda em projeto). Outra questão avaliada como inadmissível é a demora para fazer 100 quilômetros entre a Serra e a Região Metropolitana. Após a formatação do comitê, o assunto será levado aos governos federal e estadual, envolvendo entidades nacionais e internacionais, e a representantes das classes econômicas e social.
O presidente do Conselho Deliberativo AUNe e prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, diz que a intenção é ampliar o debate e estender a participação das 49 cidades da chamada Região Funcional 3, composta por 32 municípios da Serra, sete da região das Hortênsias e dez dos Campos de Cima da Serra. “É importante que tenhamos união de todos os segmentos da sociedade, de maneira que consigamos a maior representatividade e força para darmos seguimento à esta demanda”, diz.
Trem de passageiros
O projeto do trem regional de passageiros está em discussão há mais de dez anos e o plano piloto prevê ligação entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, contemplando Farroupilha, Garibaldi e Carlos Barbosa. A elaboração de um projeto executivo para implantar a medida custaria R$ 300 milhões.