Municípios do Vale do Rio Pardo implantam circuito de cicloturismo

Municípios do Vale do Rio Pardo implantam circuito de cicloturismo

Previsão é que o lançamento do trajeto ocorra entre novembro e dezembro

Otto Tesche

Sinimbu é um dos municípios por onde passará o trajeto do Raízes Coloniais

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Prefeitos e representantes de nove municípios do Vale do Rio Pardo aprovaram quinta-feira a adesão ao projeto Raízes Coloniais, um circuito de cicloturismo com 284,2 quilômetros de extensão. A iniciativa deve abrir as portas para movimentar o turismo, a agricultura familiar e as agroindústrias na região. A previsão é que o lançamento do circuito ocorra entre novembro e dezembro deste ano para disponibilização dos produtos já durante as férias de verão.

Com um custo de implantação total estimado em R$ 56 mil, as nove prefeituras que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) irão auxiliar com as placas de sinalização do percurso. A Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp) foi a responsável pela elaboração do projeto técnico. A Associação das Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Sicredi Vale do Rio Pardo, Emater/RS e as Escolas Famílias Agrícolas de Santa Cruz do Sul e Vale do Sol (Efasc e Efasol) também são apoiadores e patrocinadores, alguns com valores e outros com serviços.

O circuito de cicloturismo deve ter cinco etapas, com uma média de deslocamento de 56,8 quilômetros por dia. Ele irá passar por Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Vale do Sol, Herveiras, Sinimbu, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Vale Verde e Rio Pardo. Em cada cidade, os ciclistas encontrarão pontos de apoio denominados “Empreendimento Amigo do Ciclista”. Ali, terão a opção de abastecimento de água, lanches, refeições ou mesmo hospedagem.

A Emater/RS fará a capacitação dos empreendedores sobre a importância do turismo, das boas práticas na produção dos alimentos e da gestão econômica. O secretário-executivo da Aturvarp, Carlos Corrêa da Rosa, explica que alguns parceiros participarão com ajuda financeira para a implantação do projeto e outras por meio da colaboração com trabalhos. Os alunos do curso de Comunicação Social da Unisc, por exemplo, trabalharão em sala de aula a elaboração da marca e o plano das mídias sociais. Em um cenário otimista, a previsão é que R$ 1,6 milhão de recursos poderiam ser injetados anualmente na região após a estruturação do roteiro.

A elaboração do projeto Raízes Coloniais começou em março deste ano com a colaboração de diversas pessoas. O prefeito de Vale do Sol e presidente da Amvarp, Maiquel Silva, considerou o projeto ousado e promissor, que irá incrementar emprego e renda no turismo rural da região. “Temos um roteiro de muitas potencialidades, precisamos explorar esses pontos para fazer com que as belezas naturais e os cenários deslumbrantes saiam do anonimato”, disse o presidente. A prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, afirmou que a proposta vem de encontro ao que a maioria dos municípios da região já constatou: o crescimento da circulação de ciclistas. “Atualmente Sinimbu recebe em torno de 300 ciclistas por final de semana. A gente vê que a região tem potencial no turismo rural”, disse.

Entusiasta do projeto junto com Giovane Faccin e Antonio Gomes, do Santa Ciclismo, Carlos destaca que projeto contempla uma grande visão regional, unindo turismo e agricultura familiar, experiência e sustentabilidade. Com 80% do percurso por estradas de chão, Carlos da Rosa afirma que os ciclistas geralmente pedalam quatro ou cinco horas por dia e o restante do tempo usam para conhecer os locais. O ponto de partida do circuito inicialmente está previsto para a antiga Estação Férrea de Santa Cruz do Sul.


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