Níveis dos rios da Região Metropolitana voltam a cair após nova onda de calor

Níveis dos rios da Região Metropolitana voltam a cair após nova onda de calor

Marcas, porém, ainda estão distantes dos baixos números registrados na semana passada

Felipe Faleiro

No Balneário Passo das Canoas, em Gravataí, régua registrou pouco mais de um metro de água nesta quarta

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Após alguns dias de aumento, ocasionados pelas chuvas recentes, os níveis dos principais rios e cursos d’água da Região Metropolitana voltaram a apresentar queda na manhã desta quarta-feira, em meio a nova forte onda de calor que afeta o Rio Grande do Sul. Os rios dos Sinos e Gravataí, além do Guaíba, estavam em nova decrescente, porém distantes dos baixos números registrados na semana passada. No Balneário Passo das Canoas, em Gravataí, procurado por muitas pessoas em busca de lazer, por exemplo, a marca alcançada foi de 1,01 metro, dentro do índice de atenção.

Já na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan em Alvorada, o nível alcançado foi maior, de 1,19 metro no final da manhã. No Sinos, a régua de medição da Agência Nacional de Águas (ANA) no Centro da cidade aferiu 70 centímetros, o menor desde a tarde do último domingo. Na Elevatória de Água Bruta (ETA) do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), no bairro São José, o nível registrado hoje pela manhã foi de 1,50 metro, considerado baixo.

No Guaíba, em Porto Alegre, a régua da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) no Cais Mauá, no Centro Histórico, anotou na quarta-feira 52 centímetros, marca condizente com a média dos últimos dias, e dentro da tendência de oscilação natural do nível. Um dia antes, a marca havia alcançado 63 centímetros, a mais alta desde o último dia 18. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) tem um contrato em andamento para avaliar os impactos da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria na qualidade da água do local.

Conforme o Dmae, o estudo de modelagem matemática faz parte das condicionantes da licença de operação da ETE, e o contrato em si tem duração de 42 meses. São duas etapas: a primeira é a elaboração de modelo matemático da hidrodinâmica do lago e dispersão de poluentes, e a segunda é a comprovação do modelo obtido. “Com essa análise, conseguiremos determinar a zona de mistura da emissão dos efluentes e inferir a alteração das condições hidrológicas do lago”, afirma o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.

Enquanto isto, a Sala de Situação do RS, nesta semana, por meio de seu mais recente Informativo Especial de Estiagem, afirmou que a seca pode seguir agravada no território gaúcho, em razão das altas temperaturas e da condição climática relacionada. Por sua vez, a MetSul Meteorologia aponta que o calor deve sofrer uma intensificação, com máximas extremas, ao redor de 40 graus, à medida que ganha força a massa de ar quente. Mesmo às noites, as mínimas devem ser elevadas.

Continua aumentando também o número de municípios gaúchos que protocolaram pedidos de situação de emergência junto ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Sistema Nacional e Proteção e Defesa Civil. Não significa, porém, que eles serão aceitos, apenas analisados em um primeiro momento. Hoje, no final da manhã, eram 185. Os mais recentes foram Encantado, Entre-Ijuís, Erechim, Nova Santa Rita, Porto Lucena, São Martinho, Sério e Tabaí, além de Porto Alegre, todos encaminhados na quarta.


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