Nível do Guaíba estabiliza na média de janeiro e lixo segue chamando a atenção

Nível do Guaíba estabiliza na média de janeiro e lixo segue chamando a atenção

Falta de lixeiras no trecho 2 está chamando a atenção dos frequentadores

Felipe Faleiro

Baixa do Guaíba expõe materiais recicláveis, que são limpos e retirados por equipes do DMLU

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O nível do Guaíba no início da tarde deste domingo estava em 47 centímetros, o mesmo da média histórica normal para o mês de janeiro, conforme a régua de medição medida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) no Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre. À medida que o curso das águas oscila para cima ou para baixo, conforme a ação climática, bancos de areia surgem, bem como o lixo, principalmente no trecho entre o Gasômetro e o Anfiteatro Pôr do Sol.

A presença de recicláveis ou outros materiais não chega a ser novidade para os frequentadores da orla. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), por sua vez, afirma fazer sua parte, com 14 garis espalhados pelo local, realizando a retirada de resíduos diariamente. No entanto, eles voltam a se acumular na beira do Guaíba ou nos gramados espalhados em muitos pontos, requerendo atenção especial e redobrada por parte dos trabalhadores da limpeza.

Há locais específicos, principalmente no trecho até a Rótula das Cuias, em que a falta de lixeiras é um problema latente, também de acordo com os relatos dos visitantes da orla. O aposentado Arnaldo Villela, que mora no bairro Tristeza, diz que elas são insuficientes. “Deveria haver mais. É a única coisa que atrapalha aqui mesmo. Às vezes estamos caminhando por aqui e não estão disponíveis”, comentou ele.

O casal formado pelo barbeiro Tiago Palma e a cozinheira Gisele Silva, ambos moradores de Canoas, vai com certa frequência à orla, já que ele tem família em Porto Alegre. Hoje pela manhã, Gisele mostrou que estava carregando ao menos três garrafas vazias na mochila, já que não encontrou lixeiras no trecho 2, que contempla a área. “Caminhamos e acabamos por não encontrar. Acho que é preciso também um pouco mais de conscientização sobre o descarte correto”, comentou Gisele.

Procurado, o DMLU, por meio da assessoria de Comunicação, afirmou que, neste trecho, a programação de revitalização ou troca de lixeiras ocorre por demanda, e que é acionado pelas equipes de rua ou solicitações de cidadãos pelo sistema 156. De qualquer forma, quando não há lixeira, o órgão recomenda que o cidadão sempre tenha em mãos uma sacolinha para colocar seu resíduo e depois colocá-lo em um local de descarte mais próximo. Esclareceu também que a Capital tem mais de 8 mil lixeiras laranjas instaladas pelo DMLU, com equipes técnicas avaliando a localização, demandas, e se há varrição pelo menos duas ou três vezes por semana.


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