Nível do Rio Caí diminui 7 centímetros em 12 horas no trecho de Montenegro

Nível do Rio Caí diminui 7 centímetros em 12 horas no trecho de Montenegro

Na última medição, o nível estava em 6,32 metros, ainda na cota de inundação

Fernanda Bassôa

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As chuvas desta noite e o represamento da água na chegada ao Guaíba tornaram ainda mais lento o retorno do Rio Caí ao seu leito nesta noite. Das 18h de sexta às 6h de hoje, o recuo foi de apenas 7 centímetros. Na última medição, o nível estava em 6,32 metros, ainda na cota de inundação. 

A Defesa Civil monitora as chuvas na região da Serra, onde ficam a nascente e os principais córregos e arroios que desaguam no Caí. Esta manhã, não há mais desabrigados sendo atendidos no Ginásio Domingos dos Santos. Agora chove fraco em Montenegro e a instabilidade deve se estender até a tarde, segundo os institutos de meteorologia.

Nova Santa Rita destina farmácia móvel e unidade de saúde para Roca Sales 

A Prefeitura de Nova Santa Rita encaminhou para Roca Sales, no Vale do Taquari, uma Unidade Móvel de Saúde e a Farmácia Móvel para realizar atendimentos àquela população. A previsão é de que as equipes permaneçam no município, ao menos, durante o fim de semana. Junto com os equipamentos de saúde foram encaminhadas as doações que a comunidade da região Metropolitana fez e que foram entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social. Água potável, material de higiene e colchões estão entre os itens.

De acordo com o prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella, há muita gente precisando de auxílio, uma vez que a cidade ficou devastada e não há nenhum tipo de serviço médico à disposição na localidade.  

"Roca Sales foi uma das cidades mais atingidas pelas chuvas. O hospital do município ficou tomado pelas águas. O centro da cidade, que concentrava bancos, comércio e empresas, foi totalmente destruído”, destaca. Segundo ele, andar pelas ruas é um cenário de muita dor. “Famílias perderam tudo, do emprego aos bens materiais, além de muitos terem perdido familiares ou amigos. É uma cidade irreconhecível. A água levou embora a história de um povo.”

Conforme o líder do Executivo, a união é fundamental nesse processo de reconstrução. “É assim, de forma coletiva, que nos damos as mãos, com respeito, carinho e muita fé, para que de algum modo consigamos ajudar quem mais precisa”. 

Ivoti entrega água e alimentos às famílias do Vale do Taquari

Dois caminhões e uma camionete carregados com mantimentos saíram do ginásio da Comunidade Católica da cidade de Ivoti, no Vale do Sinos, em direção aos municípios do Vale do Taquari, cidades castigadas pela enxurrada causada pela passagem do último ciclone pelo Estado. Centenas de alimentos, mais de 5 mil litros de água potável, itens de higiene pessoal, fraldas, rações para cães e gatos, materiais de limpeza, roupas e calçados, foram entregues ainda na sexta-feira para as famílias gaúchas mais necessitadas.

Os transportes foram cedidos pela Prefeitura e, além de servidores públicos, agentes do Comitê Contra Fome (organização de voluntários) também estiveram presentes nas entregas dos itens. O prefeito de Ivoti, Martin Kalkmann, disse que esse é um momento de unir esforços em prol do outro. “Essa é a primeira leva de mantimentos que estamos entregando. A cidade se mobilizou e mostrou o quanto os ivotienses são solidários. Cada um desses itens vai fazer a diferença na vida das pessoas atingidas pela enchente.”  

Além disso, a Administração lançou uma nova campanha para arrecadar eletrodomésticos, como fogões, fogareiros, geladeiras, máquinas de lavar roupas, além de colchões. Todos os itens serão destinados às vítimas atingidas pelas enchentes. Para doar a Administração pede que o morador encaminhe uma foto do item a ser doado pelo WhatsApp (51) 99878-8553. Após avaliação da Assistência Social, as doações em bom estado serão recolhidas pela Prefeitura na quarta-feira (13) e encaminhadas aos municípios do Vale do Taquari. 

A decisão de lançar uma segunda campanha de doações visa auxiliar as famílias da região devastada pelo Ciclone Extratropical a recomeçar seus lares. “Muitas pessoas perderam tudo o que tinham. Não tem onde fazer sua comida, onde morar e nem onde dormir. As cidades não existem mais, os comércios foram destruídos e não há onde comprar esses itens. Por isso, as doações são tão importantes nesse momento”, afirma o prefeito Kalkmann. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895