Negócios entre Brasil e Argentina por Uruguaiana recuaram em janeiro de 2024

Negócios entre Brasil e Argentina por Uruguaiana recuaram em janeiro de 2024

A retração, de acordo com a Receita Federal do Brasil, foi de 11,9% nas exportações nacionais no primeiro mês do ano

Fred Marcovici

Segmento do comércio exterior em Uruguaiana ressente-se do resultado de janeiro de 2024

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A Receita Federal do Brasil, em Uruguaiana, divulgou o levantamento consolidado do resultado do comércio exterior em janeiro de 2024 pela Ponte Internacional que liga Paso de los Libres – Argentina a Uruguaiana – RS.

Em todos os itens houve declínio nos negócios bilaterais.

No primeiro mês deste ano, foram movimentados US$ 265,35 milhões nas importações brasileiras contra US$ 320,3 milhões anotados no ano de 2023.

Nas exportações o cenário não foi diferente. No ano anterior houve US$ 712 milhões de comercialização e em 2024 o valor anotou US$ 636,3 milhões, recuo de 11,9%.

O número de despachos, que representa a ocupação dos operadores do segmento, reduziu de 12.647 documentos para 10.435 ou 21,19% a menos em janeiro deste ano.

Nos primeiros 31 dias do ano transitaram pela Ponte Internacional 24.408 caminhões, enquanto em 2023 o número foi de 28.161.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul (SDAERGS), empresário Fábio Ciocca, a categoria sente um considerável impacto na retração do número de processos registrados na alfândega de Uruguaiana, refletindo diretamente no faturamento e empregabilidade do setor.

Ainda de acordo com Ciocca, os profissionais, o executivo e legislativo já vinham acompanhando o quadro que não deve ser apenas creditado à crise econômico-financeira da Argentina, mas também por questões comerciais, operacionais e melhora de infraestrutura de outros portos de fronteira como Dionísio Cerqueira em Santa Catarina e Foz do Iguaçu no Paraná.

“A perspectiva é de redução nos quadros das comissárias para adequação ao novo panorama, caso siga o mesmo cenário nos próximos meses”, conclui.


Correio do Povo
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