No dia da árvore, ambientalistas lembram da importância do vegetal para o meio ambiente
A ação de conscientização ocorreu na Redenção, em Porto Alegre
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No Dia da Árvore, comemorado nesta quinta-feira, ativistas, membros do Coletivo Preserva Redenção e do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (INGÁ), se reuniram na Redenção, em Porto Alegre, para conscientizar a população sobre a importância das árvores para o meio ambiente e a necessidade de preservação desse vegetal na Capital.
O agrônomo Juares Fernandes de Souza afirmou que a derrubada de árvores centenárias, sob a justificativa de não serem nativas, impacta negativamente a biodiversidade local. Ele destaca que as árvores abrigam diversas plantas e animais nativos, como bromélias, cactos, samambaias, orquídeas, aves, mamíferos e répteis. Souza garantiu que nada justifica a derrubada de uma árvore de mais de meio século.
“Estamos vendo em Porto Alegre um retrocesso enorme”, declarou. O agrônomo ressaltou a importância de ter o acompanhamento de biólogos na hora do corte, principalmente para avaliar se existem ninhos nos locais. “Sempre procuramos fazer a nossa parte, conscientizar, mostrar o outro lado da questão que se deve preservar. O que estamos vendo são cortes e destruição. Não vemos quase nada de mudas”.
Sobre o replantio de mudas para compensar as árvores que são derrubadas, Souza diz que “a grande maioria dessas mudas, que não se sabem onde foram plantadas, não vão chegar a idade adulta. É uma falácia isso”, desabafou.
Emerson Prates, do INGÁ, ressaltou que as árvores desempenham um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas, regulando os ciclos de chuva e protegendo contra os ventos fortes. Ele pediu por líderes políticos comprometidos com a preservação ambiental. O especialista explicou que o evento foi uma ação de conscientização para lembrar que as árvores desempenham um papel crucial na cidade e que a conexão com a natureza é essencial para o futuro da humanidade.
Prates lembrou que Porto Alegre já teve o título como a capital mais arborizada do Brasil e que segundo ele “infelizmente estamos passando por um momento onde prevalece ainda um negacionismo ambiental. Infelizmente os gestores que não entenderem que Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina são portas de entrada para mudanças climáticas, não terão mais espaço na política. Estamos defendendo as árvores, por serem essas barreiras naturais que possuímos contra as mudanças climáticas”, declarou.
“Não é só um romantismo de ambientalista. Tem sempre ciência em volta disto. As leis não existem por um acaso. Eu acho que só existe um futuro para a humanidade: é a reconexão com a natureza. Temos que procurar esse caminho de se reconectar novamente com a Sagrada Mãe Terra”, garantiu.
Uma caminhada com o foco na conscientização da importância das árvores para as cidades será realizada no próximo sábado, às 11horas, na Redenção. O grupo pretende conversar com as pessoas e explicar a importância desse vegetal para o meio ambiente.
