Nova Santa Rita tem ao menos 130 pessoas desabrigadas devido às cheias

Nova Santa Rita tem ao menos 130 pessoas desabrigadas devido às cheias

Nível das águas dos rios Caí e do Sinos ultrapassou as réguas de medição, que são de sete metros

Fernanda Bassôa

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As cheias dos rios Caí e dos Sinos deixou ao menos 130 desabrigadas em Nova Santa Rita. A cheia histórica já ultrapassa os 7 metros no município e atinge residências. No município, há cem  pessoas abrigadas na Escola Álvaro Almeida e outras 30 no salão de eventos da Arena Biú, no bairro Morretes. A Prefeitura estima de 300 a 500 pessoas afetadas pelas águas.

Equipes da prefeitura e da Defesa Civil trabalham desde o fim de semana para auxiliar as vítimas da enchente que atinge o município. De acordo com o prefeito Rodrigo Battistella, essa é considerada a maior enchente da história de Nova Santa Rita. "A água dos rios dos Sinos e Caí já ultrapassou as réguas de medição, que é de 7 metros", destaca.

As aulas foram canceladas. Segundo o prefeito, entre as localidades mais atingidas estão a Estrada Alcides Amorim, Morretes e Berto Círio. "Recebemos chamados em toda a cidade, inclusive de locais que nunca tiveram chamados. A população tem que se preparar porque estamos vivendo um momento atípico, episódios de chuva torrencial, que causa preocupação e nos deixa em alerta." 

Canoas

Canoas mais uma vez vive a situação da cheia da bacia do Rio dos Sinos na Praia do Paquetá, na Rua da Barca e na Fazendinha. Além disso, Conforme dados do Escritório de Resiliência Climática da Prefeitura de Canoas (Eclima), ainda há casos de alagamentos na rua Hermes da Fonseca, no Rio Branco, na rua General Sebastião Barreto, no bairro Niterói e uma fina lâmina de água na rua Antônio Wobeto.

As situações observadas no Niterói são decorrentes a cheia do Rio Gravataí. Pelo menos 19 pessoas estão abrigadas ao ginásio da Escola Thiago Wurth 

Para entrar ou sair do Paquetá só por embarcação. Moradora há 9 anos do Paquetá, Cleni de Fátima Alexandre, nesta segunda-feira aguardava o marido à beira da BR 448 para pernoitar na casa da filha. “Essa noite entrou água na nossa casa. Molhou geladeira, freezer, cama e muitos outros móveis. E a água segue subindo. A situação está grave. É a segunda vez que entra água dentro de casa neste ano.”

Claudiomir Oliveira do Nascimento, que mora há 25 anos no Paquetá, disse que essa é a pior enchente que já enfrentou. “Na minha casa falta 50 centímetros para entrar água. Estamos todos apreensivos. Moro com minha esposa, sogra e meus três filhos. Hoje nós pedimos para cortar a luz, porque está perigoso.”  


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895