O que vai acontecer com a plataforma de Atlântida que desabou em Xangri-Lá?

O local, considerado um dos cartões-postais da praia de Atlântida, desabou na manhã deste domingo e parte dela caiu no mar. O presidente da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima de Atlântida (Asuplama), José Luís Rodrigues Rabadan, salientou que a associação sabia que a estrutura estava frágil e, por isso, solicitou recursos para a prefeitura de Xangri-Lá e ao governo federal, visto que a plataforma está sob o espelho marítimo. A plataforma é ponto turístico e de ofício de pescadores há cerca de 50 anos.

“Está sendo muito doloroso, saber que após três anos de batalhas por verba a gente se deparar com algo que foi anunciando que ia acontecer [o desabamento]", afirmou Rabadan. No início do ano passado, a Associação informou em seu perfil na rede social Instagram que não tinha recursos para a reforma da plataforma. Ainda conforme o presidente, o custo total para a reforma foi estimado em R$5 milhões.

O presidente destaca sua intenção de mobilizar a sociedade para reformar e mantar a importância e história da estrutura. "Eu, particularmente, acredito que não seja o fim da plataforma. Eu tenho esperança que a gente consiga mobilizar o poder público a empresas parceiras que viabilizem a reforma total da plataforma", afirma Rabadan.

O desabamento

Seguno Rabadan, há cerca de 10 dias, foram notadas trincas na estrutura, o que motivou uma inspeção do engenheiro responsável e a consequente interdição da passarela, pois ele indetificou trincas em um pilar de sustentação. Em resumo, o elevado peso do telhado do restaurante que operava na plataforma foi a estrutura que cedeu primeiro e carregou consigo parte do piso, o que resultou no vão que se vê nas imagens.