Obras da nova ponte pênsil entre Torres e Passo de Torres começam nesta semana

Obras da nova ponte pênsil entre Torres e Passo de Torres começam nesta semana

Prefeitura do município catarinense vai investir R$ 701 mil na reconstrução após queda da antiga, em fevereiro, que causou morte de jovem

Felipe Faleiro

Investigação preliminar detectou alto nível de corrosão na estrutura da ponte

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Iniciam nesta semana as obras de reconstrução da ponte pênsil, entre os municípios de Torres, no Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, em Santa Catarina, com previsão de entrega até o próximo dia 20 de dezembro. A estrutura antiga, de madeira e cabos de aço, desabou parcialmente na noite de 20 de fevereiro deste ano, quando estava superlotada, com cerca de 100 pessoas sobre ela, causando a morte do jovem Brian Grandi, então com 20 anos de idade. 

A construção será inteiramente de responsabilidade do lado catarinense, sem envolvimento de Torres, em uma parceria do município com o governo estadual, e o investimento é de R$ 701,8 mil. “A comunidade aguarda ansiosamente por este momento, pois afeta diretamente todos que dependem desta via de transporte. Em breve teremos uma nova ponte mais moderna e segura”, disse o prefeito de Passo de Torres, Valmir Rodrigues. 

O contrato entre a Administração local e a construtora responsável pelos trabalhos foi assinado no último dia 6. O prazo final de conclusão é até abril de 2024, porém, segundo a Prefeitura, a entrega será feita antes do Natal deste ano. Na ocasião do desabamento, durante o feriado de Carnaval, seis pessoas chegaram a ficar desaparecidas, e equipes do Corpo de Bombeiros dos dois estados foram mobilizadas no resgate. 

Em abril, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) gaúcho concluiu o laudo com as análises a respeito das causas do acidente, apontando que a estrutura pênsil caiu devido à corrosão, e que a manutenção adequada poderia evitar a tragédia. As polícias civis dos dois estados também já encerraram as investigações sobre a queda, não indiciando qualquer pessoa, ao não apontar a responsabilização de agentes públicos ou particulares no caso.

Inaugurada em 1985, a ponte já havia cedido antes, na data de sua inauguração, sem deixar vítimas. Até a ocasião da queda, era considerada um dos pontos turísticos de ambos os municípios, possibilitando a travessia apenas de pedestres. Antes da construção da ponte de concreto que hoje permite o fluxo de veículos entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a estrutura sobre o rio Mampituba era a única forma de atravessar os dois estados.


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