Obras de viaduto na RSC 287, em Santa Cruz do Sul, serão aceleradas

Obras de viaduto na RSC 287, em Santa Cruz do Sul, serão aceleradas

A investida se deve à determinação do Ministério Público para entregar a estrutura até abril

Otto Tesche

Desde o início da construção, em dezembro de 2014, o projeto já foi alterado seis vezes

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As obras de construção do viaduto no Trevo Fritz e Frida, na RSC 287, em Santa Cruz do Sul, serão interrompidas durante o Carnaval, mas a execução da estrutura deve ser retomada depois com maior intensidade. A previsão é de que cerca de 80 funcionários trabalharão no local, equipe duas vezes maior do que as que atuaram normalmente durante os três anos de trabalho. A investida se deve ao compromisso a ser honrado com o Ministério Público (MP), que determinou a entrega da construção para, no máximo, início de abril.

Depois da parada nos serviços no fim do ano passado, a retomada ocorreu em janeiro. A nova pausa até a quarta-feira de cinzas é atribuída ao aumento no movimento na RSC 287. O engenheiro da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luiz Fernando Vanacor, explica que, até agora, a equipe esteve dividida. Uma parte estava mobilizada na organização de materiais e equipamentos a serem utilizados na finalização do viaduto e outra dedicada ao revestimento asfáltico do trecho duplicado, entre o Comando Rodoviário da Brigada Militar e as curvas da localidade de Pinheiral. Na semana passada, os trabalhadores começaram a fazer a preparação do aterro do viaduto em direção a Santa Maria, parte mais atrasada da construção.

Na retomada do trabalho, o foco será nas etapas que faltam para a obra ser considerada pronta. Segundo Vanacor, tratam-se da finalização do aterro – elevação, colocação da contenção de pedras, leivamento e revestimento asfáltico –, colocação da barreira divisória das pistas no tabuleiro do viaduto, drenagem de alguns pontos e pavimentação das rótulas sob o viaduto e da frente do Posto Nevoeiro.

O engenheiro da EGR informou que as etapas executadas desde a retomada até agora seguem o último cronograma apresentado. “Não estamos falando sobre datas de inauguração, mas o cronograma está alinhado com o proposto”, disse. Vanacor reconheceu o compromisso imposto pelo MP de entregar o viaduto até abril, mas apontou que intempéries climáticas podem atrapalhar a execução da obra. Desde o início da construção, em dezembro de 2014, o projeto já foi alterado seis vezes e ficou R$ 5 milhões mais caro. Hoje, o total é de R$ 27 milhões. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895