Obras em dois trechos do Centro de Porto Alegre são suspensas por 17 dias

Obras em dois trechos do Centro de Porto Alegre são suspensas por 17 dias

Pedido foi feito pelo Sindilojas-POA e pelos próprios comerciantes, para não interferir nas vendas do comércio em meio às festas de final de ano

Felipe Faleiro

publicidade

Desde esta quinta-feira e até o próximo dia 2 de janeiro, em um período de 17 dias, estão suspensas as obras em dois trechos do Quadrilátero Central, nas ruas Otávio Rocha e General Vitorino, no Centro Histórico de Porto Alegre. A medida, realizada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), considera um pedido do Sindilojas-POA e dos próprios comerciantes, para não interferir nas vendas do comércio em meio às festas de final de ano. Ainda conforme a Smoi, a medida não interfere no cronograma geral das obras, que estão 10% concluídas.

Já estão prontos os pavimentos dos dois trechos da Otávio Rocha, mais a Voluntários da Pátria. Ao todo, o pacote de trabalhos contempla nove vias da área central da Capital. Os comerciantes em si estão divididos quanto à suspensão. “O barulho atrapalha um pouco as vendas. Já tivemos clientes que saíram da loja em razão do barulho de caminhões. Soubemos que na Voluntários da Pátria, onde já está pronto, começou a alagar também, o que não acontecia antes”, afirmam Mari Santos e Laura Ligabue, proprietárias de uma loja de acessórios para celulares na Otávio Rocha.

De acordo com elas, ao colocar grades nos bueiros da Otávio Rocha, parte do trabalho já realizado pelos trabalhadores da Smoi, o local poderá estar sujeito a novos entupimentos. “Na última chuva forte que aconteceu aqui, há alguns dias, até galhos que acabam caindo das árvores ficaram presos na entrada do bueiro. Se vem algum objeto mais pesado, vai acontecer o mesmo”, disse Mari. De qualquer forma, elas dizem que, com o trânsito menor de veículos e o Natal, é possível que haja uma retomada maior das vendas, já que parte da clientela adquire produtos após passar a pé.

A mesma situação é vista na General Vitorino, onde grande parte da rua está interditada pelas obras. A vendedora de um comércio de cosméticos, Brenda Falcão, diz que ela e os colegas tampouco conseguem atravessar a rua para comer em um restaurante do outro lado da via, em razão da interdição. As vendas também estão prejudicadas. “Chamar um carro de aplicativo aqui é complicado. E quando alguém compra de forma virtual, é preciso levar os produtos até a esquina. Esperamos que a obra fique bonita, mas, até lá, é um transtorno”, afirmou ela.

A Smoi ainda não respondeu à reportagem com um comentário sobre as reclamações dos comerciantes, mas disse que os trabalhos nas duas ruas seguem até o próximo dia 15, e não há um cronograma divulgado externamente das etapas do projeto do Quadrilátero Central, apenas interno para controle. Antes das equipes da Smoi trabalharem em cada rua, a secretaria informa que é aguardada a conclusão dos respectivos trabalhos por parte de funcionários do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895