Operação-padrão de auditores da Receita gera longas filas e espera no Aeroporto Salgado Filho

Operação-padrão de auditores da Receita gera longas filas e espera no Aeroporto Salgado Filho

Cerca de mil passageiros de voos internacionais passaram por fiscalização durante ação de protesto

Vitória Fagundes

Operação-Padrão gera longas filas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

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Uma fiscalização de bagagens resultou em extensas filas e espera no Aeroporto Salgado Filho, nesta terça-feira em Porto Alegre. A Operação-Padrão da Equipe de Vigilância dos auditores fiscais foi realizada em atendimento a voos internacionais provenientes de Portugal e Argentina. Durante a ação, que durou cerca de sete horas, foram vistoriadas as bagagens de cerca de 1 mil passageiros, com uso de raio-X e abordagens diretas com a assistência de cães farejadores.

O protesto dos auditores fiscais causou impacto na saída de passageiros das áreas de embarque e desembarque. O processo de recolhimento das bagagens foi prolongado, levando as pessoas a gastarem mais que o dobro do tempo usual para conseguirem deixar as áreas designadas. O atraso gerado impactou não apenas os passageiros que estavam chegando, mas também naqueles que estavam partindo, comprometendo o retorno pontual dos voos.

Além dos aeroportos, os auditores realizam as fiscalizações em outras unidades da Receita Federal. Em Uruguaiana (RS), na Fronteira, a operação-padrão foi executada no terminal aduaneiro da BR 290, com enfoque direto no controle de veículos de turismo e na administração do fluxo local, que apresenta um aumento significativo durante a temporada de verão.

VÍDEO | Fiscalização de bagagens resulta em extensa fila no Aeroporto de Porto Alegre. A operação da Equipe de Vigilância dos Auditores-Fiscais do Salgado Filho foi realizada em atendimento a voos internacionais provenientes de Portugal e Argentina.

📹Diogo Loureiro pic.twitter.com/u1ZnBBQX2A

— Correio do Povo (@correio_dopovo) January 31, 2024

Entenda a situação:

Os auditores fiscais reivindicam a implementação de um acordo estabelecido em 2016, que prevê a introdução de uma remuneração variável na Receita Federal, semelhante ao que já é praticado nos fiscos estaduais e em alguns municípios. A ferramenta administrativa vincula a remuneração aos resultados obtidos pela Receita Federal, criando um mecanismo de recompensa que se ajusta de acordo com o desempenho e a eficácia na arrecadação de receitas.

De acordo com o auditor fiscal Diogo Loureiro, a categoria busca pela efetivação desse acordo, estabelecido há oito anos. “Esse trabalho busca demonstrar a carência de servidores para a fiscalização”, diz. Para a categoria, o acordo cria um sistema de incentivo que motive os auditores fiscais a alcançarem melhores resultados, promovendo eficiência e eficácia nas suas funções. A ideia é que a remuneração dos auditores fiscais seja vinculada aos resultados obtidos pela Receita Federal, criando um mecanismo de recompensa que se ajusta conforme o desempenho e a eficácia na arrecadação de receitas.


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