Operação Verão da Capitania dos Portos vai até dia 28 de fevereiro

Operação Verão da Capitania dos Portos vai até dia 28 de fevereiro

Ações de fiscalização ocorrem em Rio Grande, Pelotas, Jaguarão, Santa Vitoria do Palmar, São José do Norte, São Lourenço do Sul e Arambaré

Angélica Silveira

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Com o objetivo de tornar a navegação mais segura, a Capitania dos Portos do RS segue até o próximo dia 28 de fevereiro com mais uma edição da Operação Verão. A iniciativa que ocorre desde 2005, visa entre outras iniciativas intensificar ações de conscientização e de fiscalização do tráfego aquaviário nas áreas de maior concentração de embarcações, sobretudo as de esporte e recreio e transporte de passageiros; incentivar o cumprimento de normas pelos navegantes; reduzir o número de acidentes; ampliar o conhecimento da sociedade sobre as principais regras de segurança da navegação.

A operação verão começou no último dia 15 de dezembro. As ações de fiscalização ocorrem em Rio Grande, Pelotas, Jaguarão, Santa Vitoria do Palmar, São José do Norte, São Lourenço do Sul e Arambaré. Nesta semana a Capitania dos Portos apresentou os primeiros números da edição deste ano da Operação. Até o momento foram abordadas 78 embarcações, sete notificadas por alguma irregularidade e uma apreendida. 

Em 2019, antes da pandemia de coronavírus, durante todo o período da operação foram 2.687 abordagens, 301 notificações e 49 apreensões. A inspeção naval que é realizada pelos inspetores tem por objetivo além da segurança na navegação, salvaguardar a vida humana em mar aberto e em hidrovias interiores, além de prevenir a poluição ambiental por parte das embarcações. 

As ações de fiscalização abordam os principais aspectos como habilitação dos condutores, documentação da embarcação, material de salvatagem ( como por  exemplo coletes e bóias salva-vidas), extintores de incêndio, lotação, estado da embarcação e condições do condutor ( como o uso do etilômetro). A Marinha também realiza ações de conscientização em entidades náuticas, clubes, marinas e colônias de pescadores, por meio de palestras educativas e distribuição de folders. A 2ª Tenente da Marinha, Nathalia Canora falou sobre a Operação durante uma ação na sede da Capitania dos Portos. 

“A Operação começou em 2005 quando em um estudo da Superintendência de Segurança e Tráfego Aquaviário, da Diretoria de Portos e Costas apontou que no período de verão concentra-se o maior número percentual de acidentes envolvendo embarcações de esporte e recreio”, enfatizou. Naufrágio, abaloramento, queda de pessoas na água são os acidentes que mais se repetem nas estatísticas. As lanchas e moto aquáticas juntas se envolveram em aproximadamente 70% dos acidentes registrados nos últimos quatro verões. A falha humana ainda é a principal causa dos acidentes em embarcações de esporte e recreio. A ideia da campanha é alertar condutores e usuários e proprietários de embarcações para a importância do cumprimento das regras de segurança de navegação.

“A conscientização e a fiscalização resulta na redução dos acidentes. Sempre fiscalizando a segurança da navegação, concomitantemente realizamos o combate ao lixo no mar”, explica. Ela contou que o maior fluxo das embarcações ocorre entre sexta-feira e segunda-feira. “Todo o final de semana tem equipe da marinha, as vezes duas realizando a fiscalização”, enfatiza. A Marinha está com um aplicativo em testes para que as embarcações possam colocar suas rotas. “É importante que a embarcação conheça a rota e a Marinha está começando a disponibilizar o aplicativo, que ainda está em fase de testes e será lançando quando tiver pronto. O objetivo é que em caso de algum problema, quando solicitada a Marinha realize a localização da embarcação de forma fácil e mais rápida”, destaca. Ela contou que outras ações realizadas concomitantemente é a travessia segura, em balsas e embarcações e aquela que combate o lixo no mar. Informações e denúncias de irregularidades podem ser realizadas pelo telefone disponível no site www.dpc.mar.mil.br. 

“Se está havendo algum problema se resguarde saia da água e depois ligue para a capitania para que possamos fazer a abordagem necessária”, enfatiza o capitão dos Portos do RS, Luciano de Assis Luiz. Ele explica que a abordagem é realizada com o objetivo de instruir. “O nosso grande objetivo é orientação. Se a pessoa é reincidente temos outros procedimentos exatamente para evitar que isto ocorra. O nosso objetivo é orientar para que atualize os documentos e coisas do tipo”, exemplifica. Luiz pondera que se a questão de segurança estiver muito precária, a embarcação poderá ser apreendida até que tudo fique regulamentado e possa sair novamente com segurança. A lancha sai para a fiscalização com quatro tripulantes.

“O proeiro que ajuda nas abordagens, o especialista de máquinas caso ocorra alguma pane alguém para verificar, o patrão da lancha que é o piloto e inspetor naval que é responsável por verificar documentos e as embarcações”, enumera. Em torno de 88 militares participam da Operação Verão em forma de revezamento com toda a tripulação da Capitania, para que ninguém fique cansado e seja possível atender todos os locais. Por volta de três embarcações que são utilizadas para este tipo de abordagem. Segundo ele, o principal problema nas embarcações fiscalizadas são o excesso de pessoas e a falta de equipamentos de segurança, como coletes por exemplo. “Fazemos uma mancha das áreas onde tem maior frequência das embarcações de esporte e recreio e se dedicamos mais estas áreas verificando as outras também. Temos nosso controle semanal e toda semana vamos variando os polos”, finaliza.


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