Paço Municipal passará por pintura antes de virar museu em Porto Alegre

Paço Municipal passará por pintura antes de virar museu em Porto Alegre

Trabalhos deverão ser concluídos até julho de 2023

Correio do Povo

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Inaugurado em 1901, um dos marcos arquitetônicos de Porto Alegre vai passar por nova revitalização a partir desta semana. Antiga sede da administração da prefeitura, o Paço Municipal, no Centro Histórico, receberá nova pintura externa, numa área que consiste em 2,7 mil metros quadrados do prédio. O local, situado na Praça Montevidéo, será transformado no futuro Museu de Arte de Porto Alegre.

Os trabalhos, que deverão ser concluídos até julho de 2023, serão executados pela empresa Costamar, vencedora da licitação para realizar a melhoria. Segundo o arquiteto Luiz Merino, da Diretoria de Patrimônio e Memória da Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa, é a terceira grande obra de revitalização que o Paço terá.

“O prédio já passou por uma intervenção nos anos 90, uma reforma de grande fôlego, e depois, por volta de 2010, mais em termos de cobertura e fachadas. Agora, dez anos depois, uma pintura mais pontual, atacando pontos de infiltração”, explica.

Após a chegadas dos primeiros andaimes, começarão os primeiros trabalhos, divididos em etapas que se encerram com a pintura, segundo Merino. “Esta parte é a última. Fizemos todo um levantamento fotográfico e um processo de investigações sobre infiltrações, rachaduras, tipos de vegetações que nascem ali. Nas fachadas de fundo e frontal são onde apareceram mais patologias”, relata o arquiteto.

As paredes externas passarão por uma lavagem. Depois, será feita a restauração dos rebocos da fachada e, por fim, ocorre a pintura com as cores originais do Paço, amarelo ocre, branco gelo nos adornos e colunas, e verde acetinado nas janelas de madeira. A empresa prevê o uso de 1.050 litros de tinta.

“Vai começar pelo Terracinho, aos fundos, no lado da rua Siqueira Campos. Ali será nosso ensaio inicial. A última fachada a ser revitalizada será a frontal”, diz Merino, complementando que uma década é o suficiente para uma renovada na pintura de um prédio histórico, mas a manutenção deve ser constante.

“Vale para qualquer edificação, aliás. Neste meio tempo, uma lavagem consegue tirar os excessos de poeira e sujeira das madeiras, gradis e paredes”, pontua o arquiteto.

Na última semana, já haviam sido liberadas as licenças junto à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) para o estacionamento dos veículos que farão o transporte dos equipamentos. O material de pintura foi doado à prefeitura pelas Tintas Renner. O prazo estimado para o término da pintura é de oito meses, concluindo em 1º de julho de 2023.


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