Parobé faz mapeamento das famílias inscritas no Bolsa Família para combater fraudes

Parobé faz mapeamento das famílias inscritas no Bolsa Família para combater fraudes

Cerca de 230 famílias já tiveram o benefício suspenso

Stephany Sander

A cidade contava com 2.030 beneficiados no programa, agora o total é de 1,8 mil

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Desde novembro do ano passado, a Secretaria de Assistência Social de Parobé realiza o mapeamento das famílias cadastradas no programa Bolsa Família, com o objetivo de combater fraudes. De acordo com dados da pasta, entre março e julho deste ano, foram cancelados um total 230 benefícios, onde ficou constatado que as famílias estavam recebendo o valor da bolsa sem necessidade. Conforme o titular da Assistência Social, Adriano Azeredo, a cidade contava com 2.030 beneficiados no programa, sendo que agora, o total é de 1,8 mil.

“O programa é importante pois atende pessoas que precisam da complementação da renda, são necessários, porém, coibir aqueles que recebem o beneficio sem necessidade”, afirma, destacando que não ocorreram mudanças nos pré-requisitos, mas muitas das famílias que já recebiam o valor, atualmente não se enquadram mais nas normas. A fiscalização dos inscritos no Bolsa Família é feita através da visita de agentes de Assistência Social as residências das famílias cadastradas, onde ocorre a atualização dos dados. Aqueles que não forem encontrados em suas residências, após receberem três visitas, têm o beneficio suspenso, sendo o mesmo apenas reativado presencialmente, na sede da Secretaria de Assistência Social.

A Secretaria reforça que para fazer parte do programa, é necessário estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. Com base nas informações do cadastro, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) avalia se a família tem ou não perfil para entrar no programa. Já o valor repassado irá variar conforme o número de membros da família, idade e renda declarada.

Para estar no Bolsa Família, é preciso ter renda por pessoa de até R$ 85,00 mensais. Se a família tiver na sua composição crianças ou adolescentes de até 17 anos, o patamar passa para R$ 170 mensais. A seleção é feita por meio de um sistema informatizado, ou seja, embora seja pré-requisito para ingressar no programa, estar no Cadastro Único não garante a entrada imediata no Bolsa Família.

Ao ingressar no programa, os usuários devem estar atentos às chamadas condicionalidades do Bolsa Família, que são compromissos assumidos pelos beneficiários e pelo poder público para a superação da pobreza. Na área da educação, crianças e adolescentes com idades entre 6 e 15 anos devem ter, no mínimo, 85% de presença nas aulas. Já para jovens de 16 a 17 anos, a frequência mínima exigida é de 75%. Na área da saúde, as famílias precisam manter em dia o calendário de vacinação das crianças menores de 7 anos, além de levá-las ao posto de saúde para que sejam pesadas, medidas e tenham o crescimento monitorado. Para as gestantes, é necessário fazer o pré-natal.


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