Parque dos Pinheiros será aberto este mês em Gramado

Parque dos Pinheiros será aberto este mês em Gramado

A área, que deveria ter sido inaugurada em 2010, precisou de serviços de manutenção

Halder Ramos

A proposta inicial é usar o espaço para estudos ambientais e contemplação

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O Parque dos Pinheiros, em Gramado, será aberto no final de fevereiro. Após dois anos de obras para a recuperação da infraestrutura deteriorada, a Prefeitura de Gramado está concluindo os trabalhos de revitalização. Conforme a secretária municipal de Meio Ambiente, Cristiane Bandeira da Silva, faltam pequenos detalhes, como a limpeza e o ajardinamento do local. Criado para ser o maior atrativo turístico público da Serra, o parque deveria ter sido inaugurado em 2010. Até 2016, não recebeu manutenção e a estrutura acabou deteriorada. Sem receber a prestação de contas, a Caixa Econômica Federal, que financiou o empreendimento em 2008, passou a exigir a devolução de cerca de R$ 3 milhões pelo não cumprimento do contrato.

No entanto, em 2017, a prefeitura negociou prazo para a execução do serviço com o Ministério do Turismo. “Quando a atual gestão assumiu, firmou um aditivo prorrogando o prazo para não ter que devolver a verba. Constatamos que as obras projetadas foram executadas, mas faltou cumprir a cláusula de manutenção e preservação. Conseguimos adequar a infraestrutura para dar incentivo à visitação. Entregamos a prestação de contas, que foi aprovada no final de 2018.” Com 133 hectares, o parque tem sede administrativa, lojas, sanitários, trapiche e café.

A secretária explica que foram feitas reformas estruturais nas partes construídas em madeira e na rede elétrica, além de refazer as trilhas ecológicas em meio a mata nativa. Também foram buscadas as licenças ambientais e o Plano de Prevenção contra Incêndio do local. Na reforma, a prefeitura investiu R$ 929 mil de recursos próprios. A proposta inicial é de que o espaço seja utilizado para estudos ambientais e contemplação da natureza em visitas guiadas por trilhas ecológicas na mata. “É uma área rica para conservação ambiental e contemplação de cursos hídricos, fauna e vegetação. Nossa ideia é criar um ambiente de estudos no parque.”

Está em estudo a possibilidade de concessão da área. Atualmente, é proibido nadar nas águas da represa, que tem 17 hectares. Também não é permitido acampar, pescar e o uso de barcos no parque. “Num segundo momento, a estrutura do parque pode ser concedida para iniciativa privada. A licença permite pequenas embarcações sem motor. Nada impede que uma futura concessão instale barcos a remo ou pedalinhos”, afirma.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895