Parte das famílias já pode voltar pra casa em Galópolis, em Caxias do Sul

Parte das famílias já pode voltar pra casa em Galópolis, em Caxias do Sul

Ainda há 70 casas interditadas, que serão avaliadas nos próximos dias

Correio do Povo

Galópolis é a região mais afetada em Caxias do Sul

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Algumas das famílias que tiveram de deixar suas casas em função dos riscos de deslizamentos de terra em Caxias do Sul já podem retornar aos seus lares. Desde sexta-feira, um grupo de geógrafos do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), acompanhados pelos geólogos da Secretaria do Meio Ambiente (SEMMA) estão acompanhando e avaliando os riscos das encostas da localidade, que é a mais atingida do município.

Nesse sábado, após esta primeira etapa dos trabalhos, o geólogo e diretor de Gestão Ambiental da SEMMA, Caio Torques, baseado nos trabalhos, avaliou que não há necessidade de novas evacuações no bairro. Na área da rua Antônio Chaves, conferida neste dia, por exemplo, que não foi evacuada; os poucos moradores que ainda permanecem em suas casas foram informados sobre a situação das encostas.

As ruas José Comerlato e José Casa seguem totalmente bloqueadas, pois o solo não tem estabilidade, há bastante eucaliptos caídos na encosta e materiais pendurados causando ainda preocupação.

"Nas outras áreas, não tem novas fissuras e novos escorregamentos, mas ainda é de risco de deslizamentos. O material se manteve estável, sem evolução nos últimos dias. Atrás do sindicato, à direita da BR, onde houve o deslizamento atingindo o cartório ainda fica interditado até que se faça a contenção do talude", explica Torques.

A partir de segunda-feira, a equipe carioca fará o mapeamento da área onde houve deslizamento. "É o trabalho de risco residual, que é a avaliação após os deslizamentos caso ainda tenha algum movimento posterior a isso e se ainda há risco para as famílias", informa o diretor.

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Reunião na comunidade

Os técnicos e secretários municipais que participam do gabinete de crise do município se reuniram com a comunidade de Galópolis no final da tarde deste sábado na Igreja Matriz. Na ocasião, foi explicada toda a situação das encostas e algumas famílias foram liberadas para voltar pra suas casas.

Ainda não estão liberados pra voltar os moradores da rua José Casa, a partir do cemitério, da rua José Comerlato e do lado ímpar da rua Pedro Chaves. Também segue interditada a área do Sindgal e duas casas no fundo e estacionamento do moinho, à direita da BR. E ainda duas áreas nas ruas Faustino Tissot e Batista Tissot (mapas em anexo - a área vermelha tem risco iminente de ruptura). No total, 70 casas seguem interditadas, por tempo indeterminado.

Desde o início das chuvas fortes no Estado, em 30 de abril, Galópolis foi o bairro mais atingido no desastre. Foram registradas sete mortes e uma pessoa ainda segue desaparecida. Mais da metade dos moradores estava fora de suas casas, isto é, cerca de 260 famílias, a maioria abrigadas em casa de família e amigos. O prazo para o retorno, dependendo das condições climáticas e após avaliações de geólogos, encerrava neste domingo.


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