Passagem de ciclone deixa 11 feridos no município de Sede Nova, na região do Celeiro

Passagem de ciclone deixa 11 feridos no município de Sede Nova, na região do Celeiro

Vice-governador Gabriel Souza afirmou que cidade é uma das mais atingidas do RS

Felipe Samuel

Em coletiva, vice-governador detalhou ações do governo para auxiliar vítimas do ciclone

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A passagem do ciclone extratropical na região Celeiro, na madrugada desta quinta-feira, deixou 11 feridos no município de Sede Nova. Ao apresentar um balanço das ações do governo do Estado, em Porto Alegre, o vice-governador Gabriel Souza afirmou ontem que a cidade foi uma das mais atingidas pelo fenômeno climático. Uma pessoa segue internada em um hospital, mas não corre risco de morrer. Por conta do vendaval, a Defesa Civil do RS encaminhou 100 kits de higiene e 100 cestas básicas. No mesmo dia, o governo gaúcho reforçou o alerta sobre inundações principalmente na região dos vales.

De acordo com Souza, em razão da passagem do ciclone, diversas regiões devem registrar enchentes. “Estamos com todo estado em alto risco hidrológico, com alerta alto da Defesa Civil em função dessa situação. Temos alto índice pluviométrico, vento forte, com rajadas de vento de 100km/h e granizo. E teremos nas próximas horas e dias, provavelmente, enchentes em alguns lugares do estado”, destaca. “Nos coloca numa situação de alerta alto para as próximas horas. Provavelmente o ciclone sai do território do RS, mas vai deixar um rastro de destruição e consequências por sua passagem”, completa.

Souza reforçou o pedido para que as populações que residem em regiões com rios devem avaliar a possibilidade de deixar suas casas. “Pedimos que as pessoas saiam das suas casas e se dirijam a casas de conhecidos, familiares, amigos ou até memso abrigos oferecidos pelas prefeituras. Pessoas que moram em áreas de riscos ou em encostas de morro, pedimos que se dirijam a outras residências e locais seguros”, destaca. Souza também se solidarizou com familiares de uma pessoa que faleceu em Rio Grande após a queda de uma árvore.

Chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, coronel Luciano Boeira explica que os efeitos da atuação do ciclone tropical devem resultar em inundações no Estado nos próximos dias. Conforme Boeira, o Rio Grande do Sul vive uma situação atípica, com o Estado numa situação de alerta de riscos hidrológicos. “Hoje todo Estado está com esse alerta. As regiões que estamos atentos é a região dos vales do Sinos, Taquari, Caí, onde o rio já está bem acima da sua cota, e Vale do Paranhana. Seriam as regiões hoje que mais nos preocupam, além do Alto Uruguai, que chama atenção para as questões das inundações”, afirma.

Segundo Boeira, o número de desalojados e desabrigados deve crescer nos próximos dias. “Até o momento temos 10 desalojados e 90 desabrigados. A expectativa é de que esse número vai aumentar nas próximas horas em razão da situação de inundação dos nossos rios”, adverte. “Inevitavelmente teremos inundações em algumas regiões do nosso estado”, completa.


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