Pelotas totaliza prejuízos antes de colocar plano de recuperação em prática

Pelotas totaliza prejuízos antes de colocar plano de recuperação em prática

Em decreto de emergência, prefeitura estimou os prejuízos em 91,2 milhões

Angélica Silveira

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A prefeitura de Pelotas ainda totaliza os prejuízos causados na infraestrutura da cidade pelas chuvas e cheias do mês de setembro. Após isto, será possível ir atrás de recursos estaduais e federais, via decreto de emergência para a realização de obras e reparos necessários. Pela estimativa do decreto de emergência, assinado pela prefeita Paula Mascarenhas na última semana, o valor é de R$ 91,2 milhões, com impactos maiores na agricultura, infraestrutura viária dos bairros, além de danos em estruturas públicas como pontes e estradas rurais.

Conforme o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), até o dia 27 de setembro, choveu 524 milímetros na cidade. Enquanto aguarda o reconhecimento do decreto pelo governo federal, a prefeitura fez um plano de trabalho para a recuperação da cidade. A expectativa é agilizar o processo e estar com tudo pronto quando a situação for reconhecida. A ideia é organizar o trabalho integrado para a recuperação dos pontos mais danificados com celeridade.

O plano será efetivamente montado após a confirmação dos valores que serão recebidos pelo município. “Precisamos deixar claro que, para vir o recurso, não podemos recuperar antes, pois se fizermos não seremos ressarcidos”, destaca a prefeita Paula Mascarenhas. Ela pede que em alguns locais mais atingidos, as pessoas  compreendam que talvez não seja possível realizar a intervenção de forma imediata, a não ser algo provisório, para ter a chance de receber o recurso federal. “Mas, estamos com equipes dedicadas a este plano de trabalho”, garantiu.

Um dos exemplos de locais com problemas são as pontes da zona rural. A Prefeitura contabiliza 19 com problemas. Nove delas, com vãos de mais de 10 metros e feitas em madeira, precisarão ser substituídas por estruturas de concreto.

Nesta terça-feira, a água da Lagoa dos Patos, que invadiu a Colônia Z3, segue alta. Quatro famílias decidiram sair de um dos quatro abrigos do município instalados na localidade e ir para a casa de parentes. Com isto, a colônia Z3 conta atualmente com 139 pessoas desabrigadas.

No Pontal da Barra, a água baixou um pouco, mas segue nas ruas. A estrada que liga o local ao balneário Santo Antônio no Laranjal começou a receber manutenção, mas segue interditada, com isto, o acesso ao Pontal da Barra é possível somente de barco ou a pé.


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