Perdas da agropecuária de Ciríaco, na região Norte do RS, se aproximam de R$ 60 milhões

O município de Ciríaco, no Norte do Rio Grande do Sul já acumula perdas de pelo menos R$ 60 milhões na agropecuária em decorrência da crise hídrica que assola o Estado. Mesmo com chuvas esparsas e em pontos isolados, registrado no último dia, os prejuízos seguem, sobretudo na soja (R$ 46 milhões) que enfrenta os maiores danos, segundo o responsável pela Emater, Luiz Fernando de Oliveira. 

A expectativa era de colher 665,6 mil sacas e a quebra alcançou 266,2 mil sacas. O milho em grão – cultivado em 4 mil hectares, sofreu redução de 20% da produção, uma média de 126,4 mil sacas, atingindo um prejuízo de R$ 10,8 milhões.

No milho silagem, a ação climática foi bem menor, destaca Luiz Fernando. E as perdas, caso aconteçam ao final, não serão expressivas. Na olericultura – morangos e repolho – as duas principais culturas por serem protegidas e irrigadas deverão concluir o ciclo de forma positiva.

O gado leiteiro, com 1350 cabeças em lactação, além do aumento do custo de produção, registrou 15% de recuo na produtividade - representando uma queda de receita de R$ 12 mil. O rebanho de corte, 4 mil cabeças, terá atraso no período de abate e os levantamentos de prejuízos estão em andamento. Os custos de produção também serão elevados no segmento.

Ainda conforme Luiz Fernando, de 1 de novembro de 2022 a 13 de fevereiro de 2023 choveu no município 243mm de forma esparsa e em pontos isolados, além de ser 150mm abaixo da média histórica usual. Na última quarta-feira choveu 25mm em determinadas localidades do município, insuficientes para sanar as dificuldades da longa estiagem, concluiu.