Plataforma auxilia no planejamento de ações durante fenômenos climáticos

Plataforma auxilia no planejamento de ações durante fenômenos climáticos

Ferramenta apresenta informações sobre a quantidade de precipitações e as águas escoadas nos principais cursos que drenam a bacia do Rio dos Sinos

Fernanda Bassôa

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A Plataforma de Monitoramento Espacial do Consórcio Pró-Sinos teve um papel importante na elaboração de ações para amenizar os transtornos causados pelas chuvas associadas ao ciclone extratropical que atingiu o Estado na última semana. A ferramenta apresenta informações sobre a quantidade de precipitações e as águas escoadas nos principais cursos que drenam a bacia do Rio dos Sinos.

De acordo com o diretor técnico do Consórcio, Hener de Souza Nunes Júnior, os dados reunidos na plataforma permitem não só acompanhar a evolução dos fenômenos climáticos, mas também suas consequências. “Com o conhecimento da precipitação em Alto Rolante, Caraá ou Três Coroas, pode-se ter uma ideia de como será a cheia do Rio dos Sinos na Região Metropolitana com algumas horas de antecedência, o que permite fazer o planejamento das ações de enfrentamento e mitigação de danos.”

As informações permitirão estabelecer padrões de comportamento correlacionando as precipitações e as áreas atingidas por inundações, enxurradas ou deslizamentos de massas de solo das encostas. 

A plataforma, de acordo com Hener de Souza, disponibiliza aos usuários dados quantitativos em tempo real, obtidos diretamente das estações de medição da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). Algumas estações medem parâmetros do curso de água (altura da lâmina da água e vazão) e altura de precipitação de chuva (pluviosidade).

As informações são transmitidas por uma rede telemétrica para bancos de dados. “A plataforma realiza a leitura diretamente nesses bancos de dados e os transforma em informações fáceis de serem interpretadas, com números e gráficos.” Na Bacia do Rio dos Sinos, a ANA possui uma estação de monitoramento no Rio Rolante (Alto Rolante), uma no Arroio Caraá (Caraá), uma na foz do Rio Paranhana, no Rio dos Sinos (Taquara) e duas no Rio dos Sinos (Campo Bom e São Leopoldo). Já o CEMADEN possui duas estações no Rio Paranhana (Três Coroas e Igrejinha), uma no Arroio Luiz Rau (Novo Hamburgo) e uma no Arroio José Joaquim (Sapucaia do Sul).  

“Esse monitoramento foi importante para a execução das ações que envolveram diversas famílias, especialmente da região do Vale dos Sinos. É fundamental que os gestores públicos continuem a utilizar essa plataforma. Ainda na sexta-feira se iniciaram os preparativos para os salvamentos e isso ajudou positivamente”, pontua o diretor do Consórcio.

Segundo ele, para melhorar ainda mais as ações ele quer agregar dados de outros órgãos à ferramenta digital. “Queremos inserir outras informações importantes à plataforma que também possam auxiliar neste trabalho, como dados vindos da Corsan, da Comusa e do Semae, pois são informações que vão agregar ao nosso trabalho e auxiliar na elaboração de futuras ações para um bem comum de toda uma região banhada pela bacia do Rio do Sinos.”  Para fazer este monitoramento existem dois caminhos, o site e o este link


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