Polícia Civil instaura inquérito para apurar morte de bebê no Hospital Centenário

Polícia Civil instaura inquérito para apurar morte de bebê no Hospital Centenário

Caso é tratado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar

Fernanda Bassôa

Inquérito para apurar morte de bebê no Hospital Centenário foi instaurado

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A Polícia Civil de São Leopoldo, no Vale do Sinos, instaurou inquérito para apurar as circunstâncias em que levou a óbito um bebê de sete dias dentro do Hospital Centenário, no munícipio. A criança, que nasceu prematura no dia 7 de outubro, morreu na madrugada desse domingo. O recém-nascido, que era gêmeo de uma menina, precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da casa de saúde. A família alega que houve negligência, pelo cometimento de um erro, ao ser injetado leite na veia do bebê.

O caso foi registrado ainda no domingo na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) da cidade. O titular da 1ª DP, delegado Joel Oliveira, deu início às diligências que levarão a elucidação do caso.

“Estamos tratando o fato como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Nesta segunda, recebemos aqui os procuradores do Hospital e já solicitamos a documentação necessária. Há uma série de pessoas envolvidas e as oitivas deverão ser feitas durante a semana. Sabemos que a criança nasceu prematura e que estava com infecção generalizada. Agora, precisamos aguardar o resultado da perícia (necrópsia) para saber de forma definitiva a causa da morte”, disse o delegado, que pretende solucionar o caso o mais rápido possível.

Em nota emitida no final da manhã desta segunda-feira, a direção da Fundação Hospital Centenário reiterou profundo pesar e solidariedade à família do recém-nascido Miguel Oliveira de Lima, falecido na manhã de domingo. “Diante da tragédia que reveste esta morte prematura e para que não restem dúvidas quanto às práticas adotadas neste episódio, a Direção do Hospital informa que afastou a equipe de profissionais que estava de plantão na UTI Neonatal, responsáveis pelo atendimento do paciente, no turno em que teve início a alteração do quadro clínico do recém-nascido. A medida do afastamento visa assegurar a efetiva apuração dos fatos, até o resultado da sindicância investigatória instituída pelo Hospital. Ao ser informada do ocorrido, a Direção da Instituição, imediatamente, ordenou o registro de ocorrência policial, para o esclarecimento de todos os fatos. No âmbito administrativo, instaurou sindicância.”

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895