Por danos na estrutura, árvores são suprimidas no Instituto de Educação

Por danos na estrutura, árvores são suprimidas no Instituto de Educação

Segundo a Secretaria Estadual de Obras Públicas, trabalhos de recuperação estão 70% concluídos, entrando na fase de acabamentos

Rodrigo Thiel

Ao todo, foram cortadas 11 árvores e podadas outras três no Instituto de Educação General Flores da Cunha

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As obras de restauração do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre, seguem de acordo com o cronograma. Entretanto, a ausência de algumas árvores que ficaram próximo à fachada do prédio histórico chamou a atenção de quem passa pelo local nos últimos dias. Conforme a Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público do Rio Grande do Sul, a empresa responsável pela obra justificou o corte das árvores por danos que estavam causando à estrutura do Instituto de Educação.

De acordo com licenças encaminhadas pela empresa ao MPRS, foram suprimidas 11 árvores e outras três foram podadas. Os documentos indicam que algumas destas plantas, principalmente as mais altas, estavam localizadas acima do telhado, causando prejuízos à estrutura ou entupimento de calhas, o que resulta em infiltrações no prédio. As licenças indicam ainda não foi observada a presença de ninhos, ninhadas, colmeias ou espécies ameaçadas de extinção nas árvores suprimidas. 

Entre as espécies retiradas, estão tipuanas, jacarandás, chal-chal, abacateiro, paineira e amoreira. A mais alta delas era uma tipuana de 26 metros, que estava localizada na frente do prédio, ao lado de outra da mesma espécie. Além do prédio principal, o ginásio e o prédio do jardim de infância, nos fundos do Instituto de Educação também apresentaram danos. Na última semana, a promotora Annelise Steigleder, do MPRS, esteve no local para conferir a situação das obras e não atestou nenhum tipo de restrição para a sequência dos trabalhos.

Obra entra na fase final

Segundo a Secretaria Estadual de Obras Públicas, que fiscaliza a reforma, os trabalhos no local passam agora para uma fase de “ajuste fino”, ou seja, acabamentos do prédio. Em nota, a pasta afirmou que a obra está “com 70% de execução, entrando na fase final. Já foram concluídos serviços como restauro de esquadrias, instalação de reservatórios de água, passarela coberta entre os prédios, rede de ar-condicionado e de água e esgoto, por exemplo. O restauro da pavimentação em pedra portuguesa na parte frontal conta com mão de obra especializada e já pode ser observado o resultado”.

O Governo do Estado investiu mais de R$ 23 milhões na recuperação do Instituto de Educação. A expectativa do governo é receber alunos já no ano letivo de 2024. Atualmente, os estudantes estão distribuídos em quatro escolas estaduais da Capital. 


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