Por falta de chuva, Frederico Westphalen declara situação de emergência

Por falta de chuva, Frederico Westphalen declara situação de emergência

Prefeito José Alberto Panosso assinou o decreto nesta sexta-feira

Agostinho Piovesan

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Diante dos problemas dos problemas de desabastecimento de água para centenas de famílias do interior do município e perdas agrícolas, o  prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso, assinou nessa sexta-feira, o decreto que declara Situação de Emergência no município. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) emitiu parecer favorável ao Decreto nº 122/2021.

Panosso disse que um levantamento das secretarias da Agricultura, em várias comunidades e propriedades rurais, poços artesianos, açudes e bebedouros secaram ou tiveram o nível da água reduzido drasticamente, acarretando escassez de água para consumo humano e também animal. “A situação é muito preocupante, pois não existe previsão de chuva e o sol forte e calor agrava ainda mais a situação”, disse.

As secretarias de Obras, Viação e Serviços Urbanos e Agricultura trabalham de forma conjunta para transportar 110 cargas de água mensalmente para as regiões afetadas,  900 mil litros de água por mês. São abastecidas 300 famílias das linhas Barra do Braga, Dal Canton, Barra Grande, Brondani, São José, Perau, Alto Castelinho, Cadoná, Iraí e Ponte do Pardo, além do distrito de Osvaldo Cruz.

A Emater/RS-Ascar, informou que, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nos últimos dois meses, a precipitação foi de 209 milímetros de chuva, uma média de 104,5 milímetros de chuva por mês. Devido a isso, o abastecimento de água para animais e, inclusive, para  as famílias de agricultores está comprometido.

A Emater informou, ainda, que esta é a pior estiagem dos últimos 17 anos. Em termos de perdas financeiras, a estimativa da Emater/RS-Ascar é que em Frederico Westphalen os prejuízos causados pela estiagem sejam superiores a R$ 15 milhões ao somar as perdas no milho, no feijão, na soja e na bovinocultura de leite.

Muitos moradores das localidades do interior do município recolhem água de rios que ainda apresentam vazão, a fim de abastecer os rebanhos bovinos, além de pocilgas de suínos e aviários.


Correio do Povo
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