Porto Alegre amplia oferta de patinetes nos bairros Centro Histórico, Bom Fim e Cidade Baixa

Porto Alegre amplia oferta de patinetes nos bairros Centro Histórico, Bom Fim e Cidade Baixa

Serviço oferecido pela empresa Whoosh tem custo de R$ 2 para o desbloqueio e mais R$ 0,80 por minuto

Paula Maia

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Porto Alegre já conta com mais 450 patinetes em operação pelas ruas do Centro Histórico, Bom Fim e Cidade Baixa. O serviço de patinetes compartilhados da empresa Whoosh foi autorizado pela prefeitura e teve início na manhã desta sexta-feira. O serviço estará disponível 24 horas por dia em 90 estações, e terá custo de R$ 2 para o desbloqueio e mais R$ 0,80 por minuto.

Durante a entrega dos equipamentos, na estação Parobé, o prefeito Sebastião Melo apontou o desejo de ter em Porto Alegre um sistema integrado, com cartão único, para usar em diferentes tipos de transportes. Na última semana, 500 bicicletas elétricas foram entregues na capital gaúcha. “A mobilidade humana é um dos maiores desafios das cidades médias e grandes e um dos caminhos é tecnologia, com a integração de sistemas”, disse. Também participaram do lançamento da nova frota de patinentes o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior e o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.

Aumento de frotas dependerá de estudo de movimentos

O Ceo da Whoosh, Francisco Forbes, agradeceu a confiança do povo gaúcho e ressaltou que a empresa está presente em 42 cidades do mundo tendo 300 mil patinetes em atividade. Ele ainda afirmou que a intenção é de gradualmente aumentar a frota inicial, após o estudo de movimentos. 

Forbes ainda lembrou que os patinetes não podem ser deixados em qualquer lugar, que a rota precisa ser finalizada nos pontos específicos de estacionamentos marcados no aplicativo. Inicialmente serão 90 estações virtuais distribuídas nos bairros Cidade Baixa, Bom Fim e no Centro Histórico. 

Sobre os possíveis danos causados nos aparelhos por ações de vandalismo, Forbes afirmou que eles estão preparados para as possíveis ocorrências, mas afirmou as características dos novos equipamentos - mais robustos, com peso de cerca de 40 quilos, ter sistema de trava de rodas e alarme - ajudam a reduzir os casos de vandalismo, além e contar com o apoio dos órgãos de segurança. 

O secretário municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, expressou seu entusiasmo com a expansão dos patinetes elétricos na cidade, ressaltando o papel crucial desse meio de transporte na atual agenda climática. Bremm enfatizou que os patinetes elétricos desempenham um papel importante na redução das emissões de gases, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

O secretário também mencionou que um estudo sobre o efeito estufa em Porto Alegre identificou que 67% das fontes de emissões na cidade têm origem no setor de transporte. “Isso reforça a necessidade de buscar alternativas ao uso tradicional de veículos a fim de cumprir o compromisso de zerar as emissões até 2050, como estabelecido no plano de ação climática”, declarou.

De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (ETPC), para circularem em Porto Alegre, os patinetes devem cumprir as exigências do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). E esse meio de transporte pode ser usado nas ruas e nas ciclovias da capital. 

O secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro, declarou que as equipes de educação da EPTC estarão nas ruas orientando as pessoas sobre a utilização do patinete e a intenção é integrar esses meios de transporte ao sistema de transporte público, especialmente para facilitar deslocamentos no centro histórico. Ele disse ainda que não há remuneração financeira para as empresas envolvidas, apenas compartilhamento de dados para fins de políticas públicas.

A intenção da Adventure é ampliar os pontos de distribuição na zona Norte de Porto Alegre | Foto: Eliakim Fernando Alvarez/Especial/CP

Desde 2020, a Adventure também tem autorização para atuar na Capital e disponibiliza 250 patinetes em pontos distribuídos na avenida Assis Brasil, Nilo Peçanha, Orla do Gasômetro, Parcão e Germânia. De acordo com o CEO da startup gaúcha, Eliakim Fernando Alvarez, a intenção é ampliar a operação para avenida Sertório no ano que vem, com mais 100 equipamentos.

Alvarez revelou que as ações de vandalismo em Porto Alegre estão acima da média em comparação com as outras sete cidades de Sul e uma do nordeste que eles também atuam. Mas ele afirma que mesmo com um número alto de ocorrências, uma média de 20% da frota por mês, a intenção da startup é permanecer na capital e por isso a expansão está em planejamento.

“A maior parte do vandalismo se dá na região de Centro e Orla, tanto que a particularidade da operação é, de que sexta, sábado e domingo, a partir das 20hs os patinetes são recolhidos na Orla. São quebrados aceleradores, freios e painel. São jogados na água e matagais que beiram a Orla, o que se imaginar é feito”, comentou Alvarez.

A empresa disponibiliza uma assinatura mensal no valor de R$ 299 e o cliente pode levar o patinete para casa com carregador. Já a tarifa para a utilização é de R$ 3 o desbloqueio e R$ 0,49 centavos o minuto durante a semana, finais de semana R$ 0,85 o minuto.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895