Porto Alegre enfrenta desafios na limpeza e recolhimento de vegetais

Porto Alegre enfrenta desafios na limpeza e recolhimento de vegetais

A prefeitura informou que a força-tarefa continua e a retirada de resíduos em calçadas, praças e parques deve se estender pelo do mês de março

Paula Maia

Além de obstruir a passagem, a presença de vegetação caída tem gerado preocupações com a possibilidade de surgimento de focos de mosquito da dengue

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O impacto do temporal ocorrido em 16 de janeiro ainda é visível em algumas áreas de Porto Alegre, com ruas e parques ainda necessitando de limpeza e remoção de vegetação. A prefeitura informou que a força-tarefa continua em andamento e a retirada de resíduos em calçadas, praças e parques deve se estender pelo do mês de março.

Além de obstruir a passagem, a presença de vegetação caída tem gerado preocupações com a possibilidade de surgimento de focos de mosquito da dengue. Na Comendador Tavares, próximo à esquina com Frederico Mentz, por exemplo, restos de vegetação permanecem sobre tapumes, gerando apreensão entre os funcionários das empresas locais, que já relataram a situação às autoridades, fizeram registro no 156, e temem pela proliferação de mosquitos.

A presença de árvores caídas na Redenção tem chamado a atenção de Cintia França Barreto, de 53 anos, moradora da Restinga que frequenta diariamente o parque. Ela também conta que existem muitas árvores caídas no seu bairro e destaca o perigo representado pela presença de fios entre os galhos, evidenciando o risco de curtos-circuitos e quedas de energia.

“Todos os dias temos que lidar com o medo de que caia o fio, de que dê um curto, de que falte luz, que dê choque, por causa da fiação nas árvores”, desabafa.

Cinta também ressalta que além do temporal, que devastou Porto Alegre, ainda existe muita derrubada de árvores, que impacta negativamente o meio ambiente.

“Mas pelo visto está sendo focado na verba, no monetário, e esquecendo da natureza. Sem natureza a gente não tem ar, a gente não tem planta, não tem frutos, não tem sombra. Não tem oxigênio. Fica bem complicado”, considerou.

Em complemento, João Carlos Barreto Filho, 51 anos, destaca que existem árvores caídas com fiação exposta em praças da Restinga.

De acordo com a Secretaria de Serviços Urbanos (Smsurb), foram cerca de três mil registros de ocorrências de queda de árvore através da plataforma 156 e da ronda feita pelas equipes da pasta, além do registro da queda de galhos de pequeno e grande porte. Mais de duas mil toneladas de restos de árvores e galhos foram retirados das vias da Capital.

A Smsurb destaca que atualmente as equipes trabalham no recolhimento de resíduos pontuais com auxílio do Departamento de Limpeza Urbana (DMLU). A equipe de podas foi reforçada, com o aumento de 20 para 40, e ainda há a execução do trabalho dos contratos temporários, que começam a ser encerrados na segunda semana de março.

Sobre o resíduos de podas, a Smsurb informa que estão sendo levados para a Unidade de Triagem e Compostagem da Lomba do Pinheiro e disponibilizados para doações a instituições, pessoas físicas ou jurídicas, mediante cadastro.

Interessados devem entrar em contato através dos e-mails reaproveitamento@dmlu.prefpoa.com.br e smsurb@portoalegre.rs.gov.br.

A retirada e o transporte da doação fica sob responsabilidade do solicitante. Após a confirmação do e-mail, retirar na UTC. Estrada Afonso Lourenço Mariante, número, 4.401 (fundos), das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira. O limite de retirada é de até 12 m³ de resíduos por cadastro.


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