Porto Alegre tem moradores ilhados e unidades de saúde com problemas devido à chuva

Porto Alegre vive uma segunda-feira de muitos transtornos em razão da chuvarada que iniciou com mais força na noite anterior. Motoristas se arriscaram na água, moradores ficaram ilhados e ao menos duas unidades de saúde tiveram problemas de funcionamento na Capital. Apesar disto, a Defesa Civil municipal disse não ter registro de chamados relacionados à chuva, reforçando somente que os agentes vistoriaram arroios e locais comumente alagáveis.

Por conta do acúmulo de água, a abertura US Glória atrasou. A atividade com a Unidade Móvel, que iria estacionar em frente à Madeireira da Vera, na Lomba do Pinheiro, foi suspensa. A sala de vacinas da US São Borja está fechada.

Os alagamentos foram reportados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na rua Mariz de Barros com Felizardo Furtado, no bairro Petrópolis, e na avenida João Ferreira Jardim, no Rubem Berta, onde os moradores tiveram residências invadidas pela água. Ali próximo, há um açude onde lixo e animais mortos são depositado irregularmentes, afirmam eles. “Algumas casas aqui estão com mais de 50 centímetros de água. A EPTC colocou cavaletes aqui para bloquear a passagem, mas quando eles saíram os caminhões começaram a passar na água, fazendo com que ela invadisse nossas casas. Queremos ajuda do prefeito”, comentou a dona de casa Cristiane Carrion Penna, moradora da via, e que ontem circulava de meias na enchente.

Cedo da manhã, Cristiane precisou tirar de casa no colo o filho cadeirante Nicolas Penna Ribeiro, 24 anos, em razão da água que invadiu o local, e levá-lo para a residência de parentes. Mesmo com o alagamento, a aposentada Marina Machado Borges não deixou de honrar o compromisso diário de alimentar seis cães adotados pelos moradores, e que foram adotados há cinco anos. “Eles precisam muito”, afirmou ela, antes de caminhar na água levando um saco de comida caseira.

Ruas estão alagadas por conta da chuva em Porto Alegre / Foto: Guilherme Almeida