Prédio abandonado em Esteio poderá sediar atendimento a idosos

O prédio que abrigava a Justiça do Trabalho, no centro de Esteio, é motivo de reclamação entre moradores vizinhos. Além da falta de uso e a situação de abandono, conforme a comunidade da área, a grama alta e o acúmulo de restos de materiais causam a proliferação de bichos como ratos e baratas. Um aposentado de 68 anos que mora próximo ao terreno conta que presenciou invasões mais de uma vez. “Já fizemos várias reclamações, mas até agora o que foi feito de mais efetivo foi apenas o corte de grama no local.”

Conforme a prefeitura, que solicitou à União a cedência de uso, em fevereiro deste ano, a ideia é transformar o espaço em uma área de convivência com a implantação de um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e de Centro de Referência ao Idoso. A secretária municipal de Cidadania e Trabalho, Tatiana Tanara, diz que já existe um anteprojeto e que a intenção é centralizar as políticas voltadas aos idosos. “A estrutura é adequada, o prédio é bem localizado e com acessibilidade. É claro que, a partir da cedência, teremos que efetuar reformas e investimentos. Existe necessidade de manutenção na rede hidráulica e elétrica, além de reparos na estrutura física do imóvel, como troca de vidros quebrados, resultante de vandalismos.”

Atualmente, segundo a secretária, cerca de 200 idosos recebem atendimento nos Cras dos bairros. Com a cedência do espaço, a intenção é dobrar esse número. “Nossa expectativa é receber de 400 a 500, pois é a população que mais cresce atualmente”, diz Tatiana, salientando que ainda não há levantamento de custos para a revitalização. Segundo ela, equipes da Secretaria de Obras têm efetuado a limpeza no terreno.

A Superintendência do Patrimônio da União informou que o imóvel está em processo de destinação. Existem dois pedidos de cessão de uso em análise pelo órgão no Rio Grande do Sul, um feito pela Prefeitura de Esteio e outro da Polícia Civil. Não há estimativa de prazo para a conclusão da cedência. O prédio, de cerca de 350 metros quadrados, fica na avenida Senador Salgado Filho e está desocupado há pelo menos cinco anos.