Praia do Paquetá: nível do Rio dos Sinos começa baixar em Canoas

Praia do Paquetá: nível do Rio dos Sinos começa baixar em Canoas

Medição do Sinos era de 1,85m, uma redução de 3 centímetros nas últimas 24 horas

Felipe Samuel e Fernanda Bassôa

Medição do Sinos era de 1,85m, uma redução de 3 centímetros nas últimas 24 horas

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Após sofrer com a cheia do Rio dos Sinos, os moradores da Praia do Paquetá, em Canoas, aos poucos retomam a vida normal. Depois de atingir 1,88m no domingo, o nível do rio começa baixar lentamente. Ontem, de acordo com monitoramento da Defesa Civil, a medição do Sinos era de 1,85m, reduzindo 3 centímetros nas últimas 24 horas. O cenário era bem diferente do dia anterior, quando a água estava acumulada no pátio das casas e dificultava o acesso aos moradores.

De acordo com a prefeitura, em razão das águas que tomaram parte da rua, seis famílias deixaram a Praia do Paquetá e buscaram abrigo em casas de familiares. A residência do pescador Almir de Oliveira Lopes sofreu principalmente com os ventos que atingiram a região na semana passada. A força do vento quebrou parte do telhado, que já foi reparado. Com a experiência de quem mora no local há 60 anos, Lopes está otimista. “Se não chover mais seguido, a tendência da água é ir embora. Só se chover forte de novo ou der vento sul, daí bota água para cima bastante”, afirma. 

Apesar dos transtornos provocados pela passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, a maioria dos habitantes da região já está habituada aos efeitos das cheias do Sinos. “Aos poucos a água está recuando, devagarzinho, mas não pode baixar ligeiro demais se não volta em seguida”, explica. “A gente já está acostumado com a água. Fica pouco tempo em cima, no máximo 30 dias”, completa. Moradora há mais de 28 anos da Praia do Paquetá, em Canoas, Sueli Martins de Oliveira, diz que já está acostumada com o fato de ter que monitorar o rio a cada chuva forte. 

“O problema é o vento sul, que represa a água aqui. Mas convivemos com isso há anos, não é nenhuma novidade para nós”, ressalta. A prefeitura informa que não há desabrigados acolhidos nos ginásios da cidade e destaca que mantém monitoramento e medição do nível do Rio dos Sinos.

 


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