Prefeitura alinha estratégias de atendimento à população de rua

Prefeitura alinha estratégias de atendimento à população de rua

Secretarias, Fasc e rede parceira buscam reforçar o acolhimento de comunidade, mas situação é desafio para o Executivo

Correio do Povo

Central de Abordagem identificou 2,5 mil pessoas em situação de rua em Porto Alegre, que são acompanhadas por equipes da prefeitura

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A ampliação e qualificação da rede de atendimento a pessoas em situação de rua foram temas de uma reunião de trabalho, no Centro Administrativo Municipal Guilherme Socias Villela, em Porto Alegre. O encontro contou com a presença do prefeito Sebastião Melo e de equipes técnicas das secretarias municipais de Desenvolvimento Social, Segurança, Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e representantes da rede parceira. Segundo Melo, o atendimento de pessoas em situação de rua é um dos principais desafios enfrentados pelo município.

“Estamos ouvindo os servidores e parceiros responsáveis pela abordagem e acolhimento nas ruas para superar este problema. Porto Alegre sempre executou um trabalho de ponta, mas precisamos qualificar nossas estratégias”, afirma o prefeito.

O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Léo Voigt, afirma que o alinhamento entre as políticas e equipes que atuam sistematicamente nas ruas fortalece o Plano Ação Rua. “Não queremos pessoas na situação de rua, toleramos o tempo que elas precisam para fazer a transição, mas o objetivo não é ajudar a ocorrência’’, diz Voigt.

A Central de Abordagem contabiliza, em média, mais de 1,1 mil pessoas abordadas por mês. São 2,5 mil pessoas identificadas em situação de rua, acompanhadas pelas equipes ou que acessam os serviços por meio dos Centros POP, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, albergues e Consultório de Rua.

Chegada do frio é mais um desafio para as pessoas que dormem nas ruas da Capital - Foto: Fabiano do Amaral

O presidente da Fasc, Tiago Simon, destaca a importância das ações articuladas com uma equipe multidisciplinar para o sucesso em acompanhamentos nas regiões mais críticas. “Juntos, avançaremos nessa política de proteção social”, completa Simon.

Conforme as equipes de abordagem social, o tempo de cada pessoa é respeitado e a intervenção socioeducativa busca a construção contínua com início, meio e fim, em especial, na interface com outras áreas, como a de saúde. “As questões de saúde mental, emprego, renda e uso de substâncias psicoativas têm se agravado. Por isso, a importância de intensificar a articulação com a saúde”, enfatiza a articuladora institucional Equipe Sul Centro Sul Rede Calábria, Daniela Soares.


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