Prefeitura de Carazinho quer municipalizar trecho da ERS 142

Prefeitura de Carazinho quer municipalizar trecho da ERS 142

Intenção é investir em obras e segurança numa extensão de 1,2 quilômetro da rodovia estadual

Felipe Dorneles

Segundo o Daer, não há condições técnicas municipalizar o trajeto

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A Prefeitura de Carazinho quer municipalizar um trecho de 1,2 quilômetro da ERS 142, rodovia estadual que faz parte da zona urbana. As tentativas ocorrem há dois anos e foram retomadas neste mês. O secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, deve visitar o município no começo de março. Segundo o Sistema Rodoviário Estadual (SRE), a rodovia é dividida em dois trechos: o primeiro corresponde à extensão da ERS 142 até a ERS 010, que já é municipal; e o segundo é da ERS 142 até a ERS 030, que tem 18,8 quilômetros, é estadual e liga Carazinho a Não-Me-Toque.

O secretário municipal de Desenvolvimento, Dêninson Costa, explica que, neste segundo trecho, 1,2 km já tem estruturas urbanas. “Dois bairros ocupam a área, com residências e estabelecimentos comerciais.” Ele afirma que a extensão precisa de obras para garantir a segurança de motoristas e pedestres, como faixas e lombadas, além de processo de regularização de área. “Os projetos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) são caros e complexos e isso faz com que as coisas demorem a acontecer. Se o trecho for municipalizado, o município poderá se responsabilizar pelas obras e investir no local.”

Segundo o secretário, a justificativa é que outros municípios utilizam este trecho e, por isso, não há como municipalizar. “Seguimos nas articulações, pois entendemos que o alto fluxo de veículos é um perigo para a população. Estamos com boas expectativas.” Costa destaca que ocorrem no local manobras arriscadas, já que não há sinalização de trânsito nem no trevo de acesso à cidade. “Não sendo de responsabilidade do município, não há maneira legal de o poder público local resolver a questão”. 

O Daer informou que, após avaliação, concluiu que não há condições técnicas de municipalizar o trecho. Porém, lembra que os 18 quilômetros entre Não-Me-Toque e Ibirubá já foram restaurados no Programa Crema Passo Fundo. A autarquia e a Secretaria de Logística e Transportes estão tratando da inclusão dos outros 18 km, entre Carazinho e Não-Me-Toque. O projeto está sob análise do Banco Mundial, órgão financiador do programa, e prevê investimento de cerca de R$ 20 milhões.


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