Prefeitura de Passo Fundo intensifica trabalhos em prol das pessoas em situação de rua
Buscas ativas são realizadas com objetivo de direcionar moradores de rua à casa de passagem
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Com a chegada do frio intenso, equipes da Secretaria de Cidadania e Assistência Social (SEMCAS) de Passo Fundo intensificam o trabalho de percorrer a cidade, durante o dia e a noite, para convidar a população de rua a acessar a rede de acolhimento. As ações de abordagem social e busca ativa tem como objetivo central direcionar as os moradores de rua para a casa de passagem Madre Teresa de Calcutá, que fica em frente ao CTG Lalau Miranda.
A secretária-adjunta de Cidadania e Assistência Social, Elenir Chapuis, destaca a importância da ação do Poder Público. “O trabalho de abordagem é permanente a fim de que quem está na rua aceite os serviços que são realizados pelo Município, sendo que temos 30 vagas em nossa casa de passagem”, observa. Elenir cita que, atualmente, há entre 30 e 40 pessoas que estão em situação de rua em Passo Fundo. “Todas elas são mapeadas e nem todas aceitam sair das ruas e ir para os serviços, mas, mesmo assim, o trabalho segue de forma contínua”, destaca.
A SEMCAS lembra que a abordagem às pessoas em situação de rua é especificada no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e, em Passo Fundo, ocorre durante 24 horas. Com a perspectiva da garantia de direitos, o serviço tem como foco identificar as necessidades imediatas dessa população, incluindo-a na rede de serviços socioassistenciais e políticas públicas, buscando a reconstrução dos vínculos com as suas famílias.
A pasta de Cidadania e Assistência Social informa que o trabalho é amplo e envolve, além do atendimento inicial e do reconhecimento das demandas individuais de cada sujeito, uma série de outras etapas para que ele supere a condição. Uma vez em situação de rua, o indivíduo é acolhido, mapeado pelas equipes de abordagem e estimulado a ingressar nas demais etapas de assistência.
Elenir Chapuis informa que, além da abordagem e da casa de passagem, o município conta com outro serviço necessário no atendimento dessa população, o centro POP Júlio Rosa. “Passo Fundo é um dos poucos municípios gaúchos que têm a oferta dos três serviços, que integram a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais”, afirma.
O Centro POP é a porta de entrada para a assistência. No local, as pessoas em situação de rua são auxiliadas no encaminhamento de documentos, passam por atendimento psicológico, são direcionadas para a casa de passagem, incentivadas a realizar tratamentos de saúde e reabilitação da dependência química e reaproximadas das suas famílias. Ainda têm acesso a banhos, roupas limpas e alimentação. Já a casa de passagem, que passou recentemente por qualificação estrutural, viabiliza pernoites e refeições. Ela corresponde a um espaço seguro para que os usuários da rede possam permanecer durante as noites.
Ainda segundo a secretária-adjunta de Cidadania e Assistência Social, o município tem um olhar específico e criterioso à população de rua, atendendo às demandas pontuais. “Todas essas pessoas são acompanhadas e com relação ao frio, nenhum caso grave ocasionado por baixas temperaturas foi registrado nos últimos anos”, salienta.
