Prefeitura de Porto Alegre apresenta Plano de Mobilidade Urbana a engenheiros

Prefeitura de Porto Alegre apresenta Plano de Mobilidade Urbana a engenheiros

Encontro foi para coletar sugestões e esclarecimento de pontos a respeito do projeto

Felipe Faleiro

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O Plano de Mobilidade Urbana (PMU) de Porto Alegre foi apresentando a engenheiros, nesta quarta-feira, durante o evento "Café Bom Dia Engenharia", ocorrido na sede social da Sociedade de Engenharia do RS (Sergs). Questões sobre o atual andamento da proposta foram esclarecidas pelo secretário-adjunto de Mobilidade Urbana (SMMU), Matheus Ayres, e pelo coordenador de Planejamento da secretaria, João Paulo Cardoso Joaquim.

O projeto, que já havia sido apresentado em audiências públicas, e foi aprovado na Câmara Municipal em julho de 2022, traz dados, por exemplo, sobre a influência dos deslocamentos urbanos para a população, além do contingente de pessoas que faz uso do transporte coletivo na Capital. Conforme as informações apresentadas, antes da pandemia, havia 800 mil pessoas usuárias de ônibus, número que reduziu para 600 mil na atualidade. Há hoje 575 mil automóveis em circulação pela cidade, e devem ser 620 mil até 2032. 

Visando estas mudanças, além de outras, a Prefeitura diz que o plano deve modernizar o fluxo de pessoas, veículos, ciclistas, além da própria relação delas com Porto Alegre. “Viemos apresentar programas e escutar sugestões das pessoas que lidam com a engenharia. O plano não é estático e prevê revisões ordinárias. Estas revisões são feitas a partir do diálogo, que é o que estamos fazendo: dialogando as sugestões para melhorar o que já temos”, disse Ayres.

O PMU também tem ações estratégicas, com focos nos anos de 2024, 2028 e 2032, ou seja, objetivos de curto, médio e longo prazos, e, conforme o governo municipal, deverá priorizar os ônibus, pedestres e bicicletas. “O programa Mais Transporte tem três ou quatro eixos essenciais, como a manutenção da tarifa em R$ 4,80. Se o governo federal fizer sua parte com subsídios, podemos baixar para R$ 4,00, melhorando a quantidade de viagens e linhas”, apontou o secretário-adjunto.

Outras ações previstas pelo plano foi a substituição do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) pelo Conselho Municipal de Mobilidade Urbana (Commu), que era de médio prazo, mas cujo projeto foi aprovado pelo Legislativo porto-alegrense na última segunda-feira. “Ela é a modernização de um espaço de diálogo e democracia. O transporte coletivo é essencial, mas é um tema da mobilidade urbana. Precisamos também discuti-la com a sociedade em um lugar apropriado. Precisamos melhorar a fluidez da cidade, plano semafórico e melhoramento das calçadas”, comentou Ayres.


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