Prefeitura de Porto Alegre lança dois projetos para consumo de energia limpa

Prefeitura de Porto Alegre lança dois projetos para consumo de energia limpa

Prédios municipais deverão utilizar energia renovável a partir do primeiro semestre de 2024, além de gerar redução na emissão de CO2

Rodrigo Thiel

De acordo com a Prefeitura, os dois projetos devem refletir na economia de R$ 3,6 milhões ao ano e reduzir a emissão de até 3 mil toneladas de CO2

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Tornar Porto Alegre uma capital sustentável é o norte dos dois projetos lançados na tarde desta quarta-feira pela Prefeitura. A intenção da Prefeitura é, através de uma parceria público-privada, implementar usinas fotovoltaicas para atender unidades de consumo de baixa tensão, além da compra de energia limpa no Mercado Livre de Energia para as unidades de média tensão. Ao todo, os projetos devem refletir na economia de cerca de R$ 3,6 milhões ao ano, além de reduzir a emissão de 3 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

De acordo com a secretária Municipal de Parcerias, Ana Pellini, serão beneficiadas 441 unidades de baixa tensão, como as unidades básicas de saúde, com a instalação das usinas fotovoltaicas. Neste projeto, a estimativa de investimento é de R$ 47 milhões. A construção e os custos operacionais ficam a cargo do parceiro privado.

Já no projeto de compra de energia limpa, serão beneficiadas 67 unidades de média tensão, como hospitais e o Centro Administrativo. Nesta modalidade, a energia é adquirida através de um pregão, pagando pela menor oferta. A intenção é de que esta compra de energia ocorra já primeiro semestre de 2024, assim como o lançamento do edital para a implementação das usinas fotovoltaicas.

“O fator principal é que Porto Alegre está caminhando assim para se tornar uma cidade sustentável e esse é um passo muito importante. Isso realmente ajuda muito na descarbonização e é a primeira capital que está conseguindo fazer isso desse jeito, com os dois caminhos do Mercado Livre e da usina própria”, contou Ana Pellini.

Para o prefeito Sebastião Melo, estes projetos fazem parte de um conjunto de processos que tornam Porto Alegre uma cidade sustentável. “O Brasil tem uma capacidade enorme de produção de energia limpa. Com estes projetos, teremos algo que vai facilitar para a administração direta. Mas na indireta ainda não atingimos. O próximo passo é no DMAE, que tem um consumo enorme de energia nas casas de bomba e no tratamento de água”, contou Melo. De acordo com a Prefeitura, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) deverá lançar em breve uma nova licitação para também passar a comprar energia limpa no Mercado Livre de Energia.

Como funcionará

No primeiro projeto, a Prefeitura realizará a instalação de usinas com painéis fotovoltaicos que gerarão energia limpa, com estimativa de 4,5 MW de potência total. Esta energia será aplicada na operação da CEEE Equatorial, servindo como créditos que resultam em desconto na fatura. A intenção é que sejam implementadas nove usinas com cerca de 1.200 painéis solares. Já o uso de energia limpa através do Mercado Livre de Energia ocorre através da compra de energia de outro fornecedor, por menor preço, para abater o valor pago da Tarifa de Energia (TE), um dos custos presentes na conta de energia. 


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