Prefeitura de Porto Alegre quer reabrir licitação para novo sistema de coleta de recicláveis

Prefeitura de Porto Alegre quer reabrir licitação para novo sistema de coleta de recicláveis

Operação ocorrerá de forma experimental em quatro bairros da área central

Cristiano Abreu

Proposta busca alterar atual sistema de coleta automatizada

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A prefeitura de Porto Alegre pretende reabrir em breve a licitação para a implantação do novo sistema de recolhimento de resíduos recicláveis em quatro bairros da área central. De acordo com informação do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), o certame foi suspenso no início deste ano para mudanças nos termos da contratação, entre elas a readequação orçamentária.

A ideia era implantar de forma experimental um modelo de descarte de materiais como metal, papel, vidro, caixas e plásticos em contêineres específicos para esta finalidade. A fase de testes iniciaria com 500 unidades espalhadas pelos bairros Centro Histórico, Cidade Baixa, Praia de Belas e Menino Deus, abrangendo aproximadamente 90 mil moradores. Atualmente a população dessas regiões deposita os resíduos ao lado dos contêineres para o lixo orgânico, e apenas nos dias específicos desta coleta.

O edital, suspenso no dia 9 deste mês, também previa que os atuais contêineres de cor cinza passariam a receber descartes orgânicos e rejeitos em toda a área da cidade onde o sistema já opera. De acordo com o DMLU, a coleta mecanizada atinge 20% do território da Capital e está concentrada nos bairros mais densos e centrais.

Conforme o diretor-geral do DMLU, Paulo Marques, a suspensão da licitação aberta no dia 20 de dezembro no ano passado se dá de forma temporária, para ajustes. “Havia a necessidade de uma alteração planilha de custos, como salário mínimo, diesel e convenção coletiva de trabalhadores. Não há nenhum prejuízo nesta suspensão temporária.

“Estamos aguardando o termo de ajuste. Esperamos publicar um novo edital já nos próximos dias”, afirmou o diretor, embora prefira não estimar uma data. Marques garante ainda que estará prevista no contrato com a empresa vencedora a realização de ações de conscientização ambiental.

Problema que perdura

A concorrência para a coleta mecanizada é mais um capítulo da novela envolvendo prefeitura e as empresas contratadas para a execução do serviço. As divergências surgiram no início de 2023, com rompimento de contrato por parte da gestão municipal, que apontou falhas da empresa prestadora. Posteriormente o município, realizou contratação emergencial de um novo consórcio. Desde então surgem queixas da população por acúmulo de lixo e contêineres avariados em diferentes pontos da Capital. “Daniel Dambrowiski Melo, 52 anos, tem um restaurante no Centro Histórico e relata problemas com lixo espalhado. “Não importa se é orgânico ou reciclável, minutos após descartarmos, vira uma bagunça.


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