Prejuízo e desânimo: moradores sofrem com inundações recorrentes em Santo Antônio da Patrulha

Prejuízo e desânimo: moradores sofrem com inundações recorrentes em Santo Antônio da Patrulha

Situação mais crítica é no Passo da Figueira, no bairro Menino Deus

Paula Maia

Moradores do Passo das Figueiras lidam com prejuízos e desânimo frente às enchentes que afetam a cidade

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A forte chuva que atingiu Santo Antônio da Patrulha nesta terça-feira causou prejuízos e deixou casas ilhadas no município do Litoral Norte gaúcho. Os moradores do Passo da Figueira, no bairro Menino Deus, estão profundamente insatisfeitos com a contínua situação problemática da rua Capitão José Machado da Silva, especialmente quando se trata de inundações recorrentes. 

A moradora Valdevina Fisher, de 42 anos, compartilhou sua aflição ao ver sua casa alagada novamente, agora atingindo um nível de mais de 1 metro. Ela conta que a área sempre enfrenta problemas de alagamento durante as chuvas, mas a situação parece ter se agravado após a construção de um posto de combustível nas proximidades. "Olha o óleo na agua", dizia a dona de casa apontando para a rua alagada. A comunidade já buscou ajuda da Prefeitura, e aguarda uma resposta ou ação planejada para resolver os problemas.

Valdevina também apontou para os vestígios deixados pela enchente de julho, como um poste que caiu sobre sua casa na época e ainda permanece no local. Sua expressão de desânimo e tristeza reflete a frustração dos outros moradores e parentes que foram até a rua para ajudar na retirada de móveis das casas. 

Ocivo Falkoski estava auxiliando sua cunhada a lidar novamente com a situação de alagamento na casa. "Subimos os móveis mais de 1,5 metros e água já está alcançando. Ela vai perder tudo de novo", lamentou.

O Centro da cidade também teve danos causados pela forte chuva. No início da tarde, as vias ainda apresentavam acúmulo de água e alguns ruas estavam bloqueadas. 

Enquanto alguns proprietários de lojas limpavam a lama nos estabelecimentos, outros respiravam aliviados por terem escapado. Cauã Garcia, proprietário de uma ferragem na Francisco Jota Lopes, contou que a água começou subir perto das 12h, mas não entrou no estabelecimento. Ele chegou a colocar barreiras na porta para evitar prejuízos. 

Lopes está planejando colaborar com outros donos de lojas vizinhas para criar soluções, como comportas, nas portas, a fim de prevenir futuros alagamentos.

Perto das 15h, o Corpo de Bombeiros foi até a rua Capitão José Machado da Silva para fazer a retirada das pessoas que estavam ilhadas. As famílias que desejarem serão encaminhadas para o Salão Paroquial da Igreja Matriz, no bairro Cidade Alta.

A prefeitura de Santo Antônio declarou que as equipes estão em atendimento, e somente no final do dia serão apresentados números das ocorrências atendidas.


Correio do Povo
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