Presidente é reconduzido ao segundo mandato da Associação do Ministério Público do RS

Presidente é reconduzido ao segundo mandato da Associação do Ministério Público do RS

Reeleito para o biênio 2022-2024, promotor de Justiça foi empossado em solenidade em Porto Alegre

Correio do Povo

João Ricardo Santos Tavares foi reconduzido ao segundo mandato como presidente do AMP/RS

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O promotor de Justiça João Ricardo Santos Tavares foi reconduzido ao segundo mandato como presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS) em um ato solene no Auditório Mondercil Paula de Moraes, na sede do Ministério Público gaúcho, no fim da tarde de quinta-feira. Acompanhados pela diretoria executiva e pelo Conselho de Representantes, o promotor de Justiça comandará a entidade no biênio 2022-2024. “Estar aqui, prestes a completar 30 anos como promotor de Justiça, pela segunda vez guindado ao honroso cargo de presidente da AMP/RS, em duas eleições, concorrendo em chapa única, no único pleito na instituição em que votam a totalidade de seus membros, ativos e jubilados, é uma honra e um orgulho sem par”, disse Tavares às autoridades e colegas presentes na cerimônia. O dirigente contabilizou  94% dos votos dos associados e é o 29° presidente da história da Associação.


Após a leitura do termo de posse, feita pelo promotor de Justiça Rudimar Tonini Soares, a nova diretoria executiva e conselho de representantes procedeu à assinatura do documento. Em seu discurso, o presidente reeleito falou sobre o cenário de pandemia enfrentado durante o início de sua gestão, em 2020, e a mudança de hábitos acarretados por ela. O dirigente falou sobre a esperança de que, àquela altura, os desafios da pandemia tornariam as pessoas mais tolerantes e empáticas, o que não ocorreu. “O país ainda vive uma aguda polarização, em tristes tempos em que educação e gentileza são tão raras que, quando acontecem, chamam a atenção. Não conseguimos manter o mínimo diálogo respeitoso com aqueles que pensam diferente. Tudo tem que ter um lado e, se não é o meu, a divergência é encarada como algo a ser combatido e destruído”, lamentou. 

Para administrar a AMP/RS pelos próximos dois anos, o presidente contará com o apoio da diretoria formada por Fernando Andrade Alves (vice-presidente Administrativo e Financeiro), André de Azevedo Coelho (vice-presidente de Núcleos), Henrique Rech Neto (vice-presidente de Valorização Funcional), Karine Camargo Teixeira (vice-presidente de Relações Institucionais), Márcia Regina Nunes Villanova (vice-presidente de Mobilização Social e Relacionamento) e Guacira de Almeida Martins (vice-presidente de Jubilados). Também participam da gestão 2022-2024 os seguintes integrantes do Conselho de Representantes: Carlos Eduardo Vieira da Cunha, Frederico Carlos Lang, Lisiane Villagrande Veríssimo da Fonseca, Miguel Bandeira Pereira e Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, e os suplentes Daniela Fistarol, Fernando César Sgarbossa e Maristela Schneider.

Foto: Fabiano do Amaral

Desafios

Compuseram a mesa principal o procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles; o presidente reeleito da AMP/RS, João Ricardo Santos Tavares; o representante do governo do Estado, o secretário-chefe adjunto da Casa Civil, Bruno Pinto de Freitas; a corregedora-geral do Ministério Público, Eva Margarida Brinques de Carvalho; o representante do Tribunal de Justiça do Estado, o desembargador Júlio Cesar Finger; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Alexandre Postal; o comandante da 3ª Região Militar, Marcus Vinícius Fontoura de Melo; o defensor público-geral do Estado, Antonio Flávio de Oliveira; o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia; prefeito em exercício de Porto Alegre, Ricardo Gomes; e o presidente da Fundação Escola Superior do Ministério Público, Fábio Roque Sbardellotto.

O dirigente elencou como maior desafio da atualidade a procura por consensos mínimos que possibilitem a pacificação e o equilíbrio das relações em todos os níveis. “É absolutamente necessário que a harmonia entre os poderes da república volte a imperar, e que ímpetos autoritários sejam contidos dentro dos limites da lei, independentemente de onde e de que poder estejam partindo. O exercício da autoridade tem seus limites, e necessita retomar as linhas legais estabelecidas constitucionalmente a cada um”, afirmou.  

Tavares ainda salientou as dificuldades na carreira dos promotores e procuradores de Justiça, especialmente no que tange à política remuneratória e o achatamento do valor do subsídio. O presidente eleito apontou a necessidade de restabelecer a valorização pelo tempo de serviço e o enfrentamento da sobrecarga atual de trabalho. “Não tenho dúvidas que, unidos, com muito trabalho e diálogo, avançaremos e encontraremos soluções. Se não podemos prometer resultados, podemos garantir muita dedicação e, tenham a certeza, de que não mediremos esforços para tentar alcançá-los”, afirmou. 


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