Professores de Guaíba entram em greve na próxima quarta-feira

Professores de Guaíba entram em greve na próxima quarta-feira

Categoria rejeitou reposição salarial de 5,6%; contraproposta é de 14,95%

Fernanda Bassôa

Categoria rejeitou reposição salarial de 5,6%; contraproposta é de 14,95%

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Os professores da rede municipal de Guaíba rejeitaram a proposta de 5,6% de reposição salarial e a mesma reposição para o vale alimentação na negociação que aconteceu na tarde desta sexta-feira (10) no gabinete do prefeito Marcelo Maranata. De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores de Guaíba, Rosângela Heim, os profissionais da educação retornam às salas de aula na próxima segunda (13) e terça-feira (14) e entram em greve na quarta-feira (15). “Desta vez, por tempo indeterminado. Vamos oferecer uma contraproposta de 14,95% e um aumento de R$ 300 no vale alimentação. Nossa luta se arrasta há mais de dois anos. Estamos pedindo a valorização do educador.” Anteriormente a categoria reivindicava 44,95% de reajuste salarial e um vale alimentação no valor de R$ 1,2 mil.  

Durante as negociações, lado de fora da Prefeitura dezenas de professores chamavam atenção de quem passava pela avenida. Com apitos, bandeiras, cartazes, chocalhos e cornetas, além do carro de som, eles comunicavam a comunidade para as mazelas pela qual a comunidade escolar está sendo submetida. A categoria cruzou os braços por três dias (desde a última quarta-feira) em protesto à defasagem salarial, de acordo com o plano de carreira da categoria. As perdas são desde 2020. 

O chefe de gabinete, Fernando Becker Pires, informou que, durante a manhã de sexta o Executivo se reuniu com os servidores do quadro geral, por volta das 11 horas, e à tarde, com os professores. “A proposta foi a mesma para todos os servidores. O prefeito não faz distinção, apesar dos planos de carreira serem diferentes. A reposição salarial será a mesma para todos. Os servidores do quadro geral propuseram um aumento de 14,90% e reivindicaram um vale alimentação no valor de R$ 1 mil. Os professores querem 44,95% dos vencimentos e um vale de R$ 1,2 mil. A proposta do Executivo é de 5,6% porque temos uma legislação orçamentária. Precisamos respeitar isso.” Becker explica que esta é uma primeira reunião e que está aberto a novas negociações. “Tentaremos chegar a um acordo, mas que não comprometa nosso caixa. Estamos aguardando novas reivindicações.” 


Correio do Povo
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