Professores de Novo Hamburgo mantêm greve em protesto à Reforma da Previdência

As escolas da rede municipal de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, permaneceram com os portões fechados durante toda esta quinta-feira (1º) em virtude da greve dos professores motivada pelo pacote de cinco projetos de lei, de autoria do Executivo, que tramitam na Câmara de Vereadores, relacionados à Previdência e a Assistência médica do Instituto de Previdência dos Servidores (Ipasem).

Durante toda a manhã, centenas de professores se concentraram em frente à Prefeitura como forma de chamar atenção e sensibilizar o poder público sobre o dilema que os trabalhadores da educação enfrentam. Durante à tarde, o protesto se concentrou na Praça do Imigrante, com conversação junto à comunidade, pais e comerciantes.  

A vice-presidente do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo (SindProfNH), Rosane Moura, disse que a adesão da categoria foi de 80% ao movimento. “Queremos a retirada dos projetos para que possamos negociar. Entretanto, fomos informados pela Prefeitura que a votação tem que ocorrer ainda neste ano. Como as Comissões (de vereadores) ainda tem que avaliar e propor emendas, nós, durante todo o dia, estaremos colhendo sugestões da categoria sobre a retirada de capítulos, parágrafos e artigos que possam nos prejudicar. Esse material será compilado e apresentado em nova assembleia para que possamos decidir juntos”, explica Rosane, informando que o fim do movimento acontece com uma caminhada até o Instituto da Previdência. “O Ipasem é nosso, pois é pago com o dinheiro dos servidores. Não podemos deixar colocar a mão no que é da gente.”

Na assembleia, que ocorre nesta quinta, às 16h30, de forma híbrida, vai ser decidido se a greve segue ou se a categoria vai permanecer em estado de greve. A votação dos projetos de lei está marcada para 12 de dezembro. 

Procurada, a Prefeitura de NH informou que não tem novidades sobre a situação. Ontem, o Executivo informou que o secretário municipal da Fazenda de Novo Hamburgo, Gilberto dos Reis, o Betinho, estranhou a decisão do Sindicato dos Professores Municipais (Sindiprof NH) de anunciar greve em razão do conjunto de projetos encaminhado para a Câmara de Vereadores para equacionar o déficit financeiro e atuarial histórico do Ipasem.