Projeto busca duplicar 16 quilômetros da ERS 118 e evitar pedágio

Projeto busca duplicar 16 quilômetros da ERS 118 e evitar pedágio

Parlamentares entregaram documento ao Daer

Fernanda Bassôa

Com a possibilidade de custeio da obra nessa modalidade, os deputados não somente desoneram os cofres do Estado como colocam fim à alegação de que o pedágio na ERS-118 seria necessário

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Em reunião realizada, última sexta-feira, foi entregue ao diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino, um ofício solicitando a elaboração de projeto para duplicação do trecho de 16 quilômetros da ERS-118, entre Gravataí e o acesso à ERS-040, em Viamão. A ação é uma alternativa para evitar o pedágio da rodovia.

O documento foi assinado pelos deputados estaduais Patrícia Alba, Capitão Martim, Rodrigo Lorenzoni; pela coordenadora da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados, Any Ortiz; pelo coordenador do Movimento RS-118 Sem pedágio, Darcy Zottis; pelo presidente da Associação Comercial de Alvorada, Maurício Cardoso; e pelo vice-presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rafael Goelzer.

O projeto, estimado em R$ 3 milhões, será custeado por emendas dos próprios parlamentares que assinam o documento. Até o final de fevereiro, o grupo que encabeça a articulação deverá se reunir com o secretário de Transportes e Logística do RS, Juvir Costella, para definir o fluxo de trabalho.

Um outro ofício foi entregue à deputada Any Ortiz, assinado pelos três deputados e também pelas entidades, solicitando que a líder da bancada gaúcha encaminhe o projeto de realização da duplicação da rodovia aos demais deputados da bancada federal para que este projeto seja colocado entre as prioridades a serem custeadas pelas emendas parlamentares, obra que, inicialmente, foi estimada em R$ 110 milhões. “Essa é uma causa de interesse regional que merece atenção e apoio por parte de nossos líderes políticos. Com a união dos deputados federais gaúchos e senadores, toda a obra de duplicação da rodovia poderá ser custeada por meio de emendas, retirando assim a necessidade de pedagiá-la”, aponta o documento.

O Governo do Estado, por sua vez, informou através da Secretaria de Parcerias e Concessões que estão em andamento estudos para as concessões dos Blocos 1 e 2 de rodovias estaduais. A expectativa de conclusão da análise e debate com a sociedade é a partir de maio desse ano. A nova modelagem, que conta com o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), vai atualizar as contagens veiculares (pós-pandemia) e levar em conta o sistema de cobrança de tarifa chamado de free-flow. Esse modelo permite a cobrança de tarifa sem a necessidade de instalação de praças e por quilômetro rodado no trecho. Não há confirmação se terá ou não pedágios ao longo da ERS-118. O Bloco 1, além da ERS-118, compreende trechos das rodovias ERS-020, ERS-040, ERS-115, ERS-235, ERS-239, ERS-446, ERS-474 e ERS-010 (nova estrada).


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