Projeto faz doações e garante renda com produção de colchas e itens de crochê em Farroupilha

Projeto faz doações e garante renda com produção de colchas e itens de crochê em Farroupilha

Semanalmente, cerca de seis colchas são costuradas e finalizadas pelas mulheres do bairro

Celso Sgorla

A cada duas colchas vendidas, uma é doada para quem precisa

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Um projeto desenvolvido pela Associação de Moradores do Bairro Industrial, em Farroupilha, vem transformando a vida de famílias em meio à pandemia. Movidas pela solidariedade e pela necessidade de uma renda extra, mulheres do bairro se reúnem durante a semana para produzir peças e colchas que são comercializadas ou doadas.

De acordo com a diretora social da Associação do Bairro Industrial, Sirlei Oliveira, com a chegada da pandemia, começaram a aumentar os pedidos de ajuda e, com isso, a associação que estava inativa, retomou suas atividades. Para viabilizar o trabalho, ela buscou parceiros e apoiadores. Assim, desde o início da pandemia, a associação está conseguindo servir refeições, entregar cestas básicas, roupas e cobertores.

Em meio as ações, surgiu a ideia de produzir colchas. O primeiro passo foi solicitar para as malharias da cidade os retalhos de tecido. Em seguida, quando chegaram os primeiros materiais, algumas mulheres do bairro já se disponibilizaram a ajudar na produção das peças. Tendo em vista as necessidades das voluntárias, foi criada uma logística de trabalho: a cada duas colchas vendidas, uma é doada. Assim, segundo Sirlei, as parceiras contribuem com a comunidade e ainda conseguem alguma renda para se manterem.

Semanalmente, cerca de seis unidades são costuradas e finalizadas pelas mulheres do bairro. Ela conta que tem muitas famílias do município que não podem comprar um cobertor, por isso, conforme as condições de cada um, a colcha é vendida ou doada.

Além disso, Sirlei convidou Eva Padilha, moradora do bairro e professora de crochê, para fazer parte da iniciativa. Durante às tardes, Eva ensina técnicas de crochê, a fim de aprimorar os produtos que são confeccionados pelo grupo. Eva explica que já foram produzidas máscaras de bichinhos para as crianças, peças de roupas, itens para a casa, entre outros. “Além de dar uma renda para ajudar no final do mês, está sendo uma terapia também. Está ajudando as gurias a recomeçar. Isso, para mim, não tem preço”, conta a professora.

Todos os produtos são comercializados na página da associação no Facebook ou no comércio local. É possível encontrar cartazes com os dizeres “Ajude a associação de moradores” em gráficas, óticas e lojas, o que identifica que aquele é um ponto de venda. Além disso, reservas e encomendas podem ser feitas pelo WhatsApp (54) 99995-0967.

Desde o início da pandemia, a associação vem se dedicando a servir refeições. Pelo menos uma vez por semana, aos sábados, no salão do campo do Bairro Industrial são servidas marmitas aos que necessitam. Em diferentes momentos, já foram servidas marmitas com sopa, massa com salsicha, pães, vitamina de frutas, entre outros alimentos.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895