O Parque da Redenção recebeu, neste sábado, uma ação conjunta de conscientização sobre o descarte correto de resíduos eletrônicos. A ação faz parte do Projeto MP Sustentare, uma parceria do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) com o governo estadual e a empresa JG Recicla, da qual também participam a Prefeitura de Porto Alegre, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e a Circular Brain.
Na ação, participantes do projeto distribuíram copos com um QR Code que possui informações sobre como descartar corretamente os resíduos eletrônicos. Os materiais foram entregues para o público que passeava pelo local e para expositores do Brique da Redenção. De acordo com o chefe de equipe do DMLU, Eduardo de Souza Lucas, o objetivo da ação é trabalhar em prol da educação ambiental da população.
“É uma ação que seguirá em outros locais além da Redenção, com foco na conscientização e recolhimento de materiais eletrônicos, para que a gente consiga dar a destinação correta para quem tem qualquer tipo de resíduo eletrônico em casa, como forno, fogão, geladeira, micro-ondas, celulares, computadores e muitos outros aparelhos que já não são mais utilizados. Nós recolhemos esse material e leva para a destinação correta”, contou.
- Passeio ciclístico marca início das ações de conscientização para o Outubro Rosa do Imama em Porto Alegre
- Jovens de Vacaria dizem como salvaram colegas de ônibus que pegou fogo em Porto Alegre: "se desesperar seria pior"
- Sábado é de mutirão de vacinação nas unidades de Saúde de Porto Alegre
- Confira as alterações de trânsito neste final de semana em Porto Alegre
Conforme o MPRS, o objetivo do mutirão é também ampliar a campanha “Bota Fora”, realizada semanalmente pela prefeitura e DMLU, que recolhe móveis, colchões, eletrodomésticos e resíduos volumosos que não entram na coleta comum. A procuradora de Justiça Ana Maria Moreira Marchesan, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do MPRS, explica que o projeto MP Sustentare busca não apenas assegurar a destinação adequada do lixo eletrônico, mas também fomentar campanhas de educação ambiental e conscientização da população.
“Com a organização da coleta e o correto encaminhamento dos resíduos, o Município poderá reduzir custos com transporte e descarte em aterros sanitários. Além disso, o projeto tem um viés social importante, ao empregar mão de obra prisional e contemplar jovens atendidos pela Fundação O Pão dos Pobres, que reaproveitam equipamentos doados”, explicou.
Segundo dados da ONU, em Porto Alegre, são produzidas 15 mil toneladas de resíduos eletrônicos por ano, equivalente a 11,6 kg por pessoa, e apenas 3% de todo resíduo gerado no Brasil é reciclado. Durante o ano de 2024, foram recolhidos cerca de 366,21 toneladas de resíduos sólidos. Com a coleta de eletrônicos, os órgãos e empresas acreditam ser possível dobrar esse volume.