“Provavelmente inevitável”, diz presidente de sindicato sobre a greve da Carris

“Provavelmente inevitável”, diz presidente de sindicato sobre a greve da Carris

Prefeito de Porto Alegre e representantes dos trabalhadores se reuniram na manhã desta terça-feira

Caroline Garske

Reunião foi realizada na manhã desta terça-feira

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Na manhã desta terça-feira, foi realizada uma reunião entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa), servidores da Carris e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo. O encontro ocorreu após os funcionários da Carris sinalizarem estado de greve contra a desestatização da companhia. 

A proposta apresentada pela prefeitura, conduzida no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e não aceita pela categoria, é a de estender a indenização de 12 meses a todos os trabalhadores em caso de retomada da negociação. Uma assembleia foi realizada hoje pela manhã na Carris e às 19h haverá um novo encontro, conforme o presidente do Stetpoa, Adair da Silva. Para ele, “a greve provavelmente será inevitável”. De acordo com Silva, isso ocorre porque o prefeito, na reunião de hoje, relatou que não poderá retirar o edital. “Vamos ter que fazer uma mobilização para ver o que pode acontecer”, acrescentou o presidente do Stetpoa.

O prefeito afirmou que a desestatização da Carris foi construída com muito diálogo em uma proposta transparente desde o contrato nas urnas. “O edital tem regras claras e foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Respeitamos as divergências, mas a desestatização é um compromisso assumido para qualificar a mobilidade. Estamos sempre abertos ao diálogo e à construção com a categoria”, disse Melo. 

Uma nova reunião será realizada na manhã desta quarta-feira a fim de tentar um acordo. A sessão pública da concorrência está marcada para a próxima segunda-feira e isso "não está em negociação", segundo Melo.


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