Queimada em mata gera fumaça e preocupa moradores em Guaíba

Queimada em mata gera fumaça e preocupa moradores em Guaíba

Corpo de Bombeiros local trabalha para combater as chamas desde sexta-feira

Correio do Povo

Corpo de Bombeiros tenta controlar chamas desde sexta-feira

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A fumaça decorrente de um incêndio que atinge mata de pinheiros no bairro Santa Rita, no município de Guaíba, região metropolitana, causa transtornos e preocupação na comunidade. Desde a noite de sexta-feira, uma cortina cinza tomou conta do trecho de acesso à cidade pela BR 116. O Corpo de Bombeiros local trabalha para combater as chamas, mas o vento levou a fumaça foi levada para dentro do bairro, afetando casas e estabelecimentos.

Foto: Ricardo Giusti

Ficou impossível de haver aulas na escola estadual Professora Aglae Kehl, na rua Dezessete, onde os alunos foram liberados. “Aqui no segundo piso, não há condições. Estamos de máscara, mas não tem como proteger os olhos, estão vermelhos e ardidos”, diz a vice-diretora, Irma Oliveira. O seu pior medo é que que alguma fagulha atinja árvores dentro do bairro. “Se chegar aqui, é um fósforo. Até mesmo os estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos) serão dispensados”, conta. 

A moradora do bairro Catarina Lopes, 55 anos, achou que estava com Covid, tamanha a dificuldade que estava para respirar. “Me ‘ataquei’ com a fumaça, fiquei mal da garganta”, relatou. Ela lembra que costuma enxergar de casa a mata, atualmente encoberta. “Somos cerca de 50 mil habitantes no bairro, já soube por vizinhos que crianças estão padecem. É ruim. Nem dá para abrir a janela”, ressalta. 

A situação piora, dependendo da direção e a força do vento que carrega a fumaça e a preocupação. Moradora da região e supervisora da escola municipal Santa Rita de Cássia, Alessandra Bugs, revela que o problema é recorrente. “O pior dia foi sábado. Mas quando chega o verão, seguidamente, tem focos de incêndio”, frisa.

Autores da queimada, que cobre uma extensão de 500 metros na mata de pinheiros, e as circunstâncias que a causaram ainda são desconhecidos.

Foto: Ricardo Giusti


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