Quinta edição do Pedal da Paz pede empatia no trânsito em Porto Alegre

Quinta edição do Pedal da Paz pede empatia no trânsito em Porto Alegre

Tradicional passeio ciclístico ocorreu na manhã deste sábado ao longo da orla da Guaíba

Correio do Povo

Evento pede convivência harmoniosa no trânsito e busca estimular uso da bicicleta como meio de transporte

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Realizado na manhã deste sábado pela Secretaria de Mobilidade Urbana (Smmu), por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o 5º Pedal da Paz percorreu a orla do Guaíba, em Porto Alegre, em busca de reflexão sobre respeito no trânsito e da valorização da vida por meio de ações educativas, com reforço à cultura do respeito entre as pessoas nas relações diárias do trânsito. O tradicional passeio ciclístico, alusivo ao Dia Internacional do Ciclista (15 de abril) e o Dia Nacional da Paz no Trânsito (21 de abril), reuniu centenas de ciclistas de todas as idades, incluindo vários coletivos de bikes da cidade, em um trajeto de dez quilômetros entre a Usina do Gasômetro e o Pontal, percorrendo as avenidas João Goulart, Edvaldo Pereira Paiva e Padre Cacique.

A concentração ocorreu às 9h na praça Júlio Mesquita, em frente à Usina do Gasômetro. Após uma sessão de alongamento com orientação de profissional de educação física, a largada ocorreu pouco depois das 10h30min. No fim do passeio, a EPTC promoveu uma confraternização com os ciclistas, distribuiu brindes e sorteou uma bicicleta.

Esta edição contou com a presença do pedal da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs). O grupo fundado em 2016, a partir da iniciativa de um grupo de pessoas com deficiência visual, com o objetivo de possibilitar a pessoas cegas ou com baixa visão, pedalar pelas ruas de Porto Alegre junto a amigos e familiares. As bicicletas contaram com uma pessoa guia (pedaleiro) e uma pessoa com deficiência visual pedalando juntas.

Participou também do evento a associação civil Cataventus, existente há 25 anos e constituída por voluntários de formações e experiências profissionais diversas, que utiliza a contação de histórias como instrumento de inclusão social. A Cataventus já atendeu mais de 335 mil pessoas em escolas, asilos, hospitais e outras instituições.

Para o diretor presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto, o passeio conscientiza a população sobre a importância do ciclismo no dia-a-dia dos gaúchos. “Todas as formas de mobilidade estão nas nossas preocupações. E isso de uma maneira simples, precisa se incorporar de uma maneira saudável na vida de todos”.

Auricéia Cassol, que é fonoaudióloga, participa do evento há três anos. Ela pedala nos momentos de lazer e aproveitou o sábado de sol para ir ao evento com amigos. “Cada vez mais está crescendo o número de ciclistas, pois o pedal faz bem para a saúde mental e física. É preciso que a cidade se organize mais para proporcionar um espaço para o ciclista se sentir mais seguro. Eu amo pedalar, é uma relação de amor, me faz muito bem”.


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