Rajadas de vento provocam queda de árvores e causam transtornos em Porto Alegre

Rajadas de vento provocam queda de árvores e causam transtornos em Porto Alegre

Ventos mais fortes começaram a ser registrados na madrugada desta quinta-feira

Felipe Samuel

Na avenida da Serraria, na Zona Sul, duas árvores caíram sobre a via com a força do vento

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Os ventos fortes provocados pela passagem de um ciclone extratropical durante a madrugada de quinta-feira causaram transtornos em Porto Alegre. Uma das regiões mais atingidas, a Zona Sul registrou queda de árvores em vários bairros, como Ipanema e Serraria. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Porto Alegre registrou rajadas de vento de 56km/h. Na avenida da Serraria, uma cena impressionante chamava atenção de quem se deslocava pela manhã no sentido bairro/Centro: duas árvores de grande porte haviam sido derrubadas pela força do vento. 

Os dois vegetais ocupavam toda a extensão da pista, bloqueando o acesso nos dois sentidos. Uma delas desabou em cima de cabos de energia elétrica, provocando interrupção do fornecimento de energia. Desde 9h funcionários da prefeitura trabalhavam na remoção dos troncos. Uma equipe da CEEE Equatorial acompanhava a conclusão da limpeza do local para iniciar os reparos e restabelecer o fornecimento de energia na região. Na rua Dea Coufal, em Ipanema, uma árvore não resistiu ao vendaval e tombou no meio da pista. Ninguém ficou ferido. 

Na avenida Guaíba, outro vegetal caiu em cima de uma grade de proteção e avançou sobre a via. Equipes da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) sinalizaram o local enquanto funcionários da prefeitura faziam a remoção do vegetal. No Lami, na avenida Edgar Pires de Castro, uma árvore tombou na pista e bloqueou o acesso onde vive um grupo de indígenas. Na Orla do Guaíba, uma carrocinha de cachorro-quente e um banheiro químico foram arremessados pela força do vento. Na Zona Norte, dezenas de semáforos estavam inoperantes em função da falta de energia. 

Os efeitos das rajadas de vento e da chuva também podiam ser observados em parte da ciclovia que margeia o arroio Dilúvio, em Porto Alegre, que desmoronou na noite de quarta-feira. O trecho está localizado próximo ao Planetário, no bairro Santana. Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), parte do talude do Arroio Dilúvio cedeu nas proximidades da rua São Luiz, sentido Centro-bairro da avenida Ipiranga. Como medida de segurança, uma área de aproximadamente 10 metros em cada lado do local do desmoronamento foi interditada pela EPTC, que reforçou a sinalização para evitar acidentes. 

A diretora de operações do Dmae, Isabel Costa, alerta que os cidadãos devem respeitar a sinalização para evitar possíveis acidentes. Conforme Isabel, será realizada uma obra semelhante à que já está em andamento na parte da ciclovia que passa em frente à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC). Essa área também sofreu um desmoronamento na semana passada devido às chuvas. Medidas foram tomadas para estabilizar o talude, prevenindo novos deslizamentos, e a reconstrução do muro já foi iniciada. Para proteção adicional, uma lona foi colocada devido à previsão de tempestade para esta semana.

Também será isolado com lona, nos mesmos moldes da parte em reconstrução próxima da PUCRS. “Já contatamos a empresa que está fazendo a reconstrução da outra parte e nesta quinta-feira será realizada uma vistoria no local para definir como será o serviço e quais os prazos”, explica o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss. A obra de reconstrução terá início nos próximos dias, se a condição climática for favorável.

Por conta do vendaval, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) informa que as Unidades Básicas de Saúde Vila Floresta, Barão de Bagé e Divina Providência ficaram sem fornecimento de energia elétrica. Com isso, somente atendimentos de urgência foram realizados. Para quem tinha consulta marcada ontem, o GHC orienta os usuários a remarcar data e horário. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895