Reconstrução de estradas e pontes destruídas nas enchentes de 2023 estão em andamento no interior do Estado

Reconstrução de estradas e pontes destruídas nas enchentes de 2023 estão em andamento no interior do Estado

Segundo a Secretaria de Transportes, quatro pontes estaduais e quatro municipais ainda estão em fase de análise para início das obras

Até o momento, apenas a obra da ERS 474, realizada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em Santo Antônio da Patrulha, foi concluída, com um investimento de R$ 858 mil.

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Em audiência pública realizada no Auditório do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) nesta quinta-feira, o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, detalharam a situação e o andamento dos projetos das pontes destruídas pelas chuvas de 2023, nas regiões do Vale do Taquari, Serra e Litoral Norte. O encontro reuniu prefeitos, representantes de entidades empresariais e lideranças dessas regiões. A reunião contou, ainda, com a presença do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS), Alexandre Postal.

Até o momento, apenas a obra da ERS 474, realizada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em Santo Antônio da Patrulha, foi concluída, com um investimento de R$ 858 mil. A ponte de Caraá também já está em fase de obras, com previsão de conclusão em junho deste ano. O prejuízo total calculado pelo Estado, dentre estragos nas estradas estaduais e municipais, foi de mais de R$ 200 milhões. Segundo o secretário Costella, o Estado e os municípios também estão recebendo apoio parcial por parte do Governo Federal para conclusão das obras necessárias.

Outras três pontes administradas pelo Estado aguardam as obras de reparação. Uma delas é a ponte de São Valentim do Sul, que ainda está aguardando edital de licitação. A ponte foi derrubada pela chuva e está sendo substituída pela balsa, instalada emergencialmente no Rio Taquari com investimento de R$ 622,5 mil. Já a obra da ponte de Três Cachoeiras está dependendo da autorização do Ministério do Desenvolvimento Regional (MIDR) para assinatura do contrato e Nova Roma do Sul aguarda anteprojeto a ser elaborado pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

Diogo Segabinazzi Siqueira, prefeito de Bento Gonçalves, município atingido pela queda da ponte de São Valentim, reclamou da demora no início das obras, por conta de atraso na vinda dos recursos federais. “Eu fiz pessoalmente uma cobrança muito forte do governo do Estado. Lá atrás, quando aconteceu a queda da ponte que liga a região de São Valentim do Sul à Santa Tereza, nossa região dos vinhedos para cá, combinamos com o Estado a medida da balsa, que seria paliativo, mas iria funcionar pelo menos na safra da uva. E a obra da ponte o Estado buscaria aporte do governo federal. A minha reclamação é que 6 meses depois, não tivemos retorno. Lá atrás, foi combinado, se não houvesse retorno do governo federal, o próprio governo do Estado se comprometeu a executar essa obra”, cobrou o prefeito.

Para as quatro pontes municipais que também foram danificadas pelas enchentes de 2023, o Daer está disponibilizando apoio jurídico e técnico aos municípios para execução do plano de trabalho junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MIDR). As pontes atingidas são Muçum - Roca Sales; Dois Lajeados - Cotiporã; Guaporé - Anta Gorda; Serafina Corrêa - Nova Bassano.


Correio do Povo
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