Regulação compartilhada agiliza atendimentos do Samu em Santa Cruz do Sul

Regulação compartilhada agiliza atendimentos do Samu em Santa Cruz do Sul

O município é o terceiro do Estado a implantar a sistemática

Otto Tesche

Para viabilizar as melhorias, os oito médicos do Samu no município receberam treinamento no fim de 2019.

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A Central de Regulação Compartilhada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entrou em operação nessa quinta-feira, em Santa Cruz do Sul, e deve agilizar, a partir de agora, a resposta para os pedidos de resgate na área da saúde. O município é o terceiro do Estado a implantar a sistemática. O funcionamento será junto à base do Samu, na rua Fernando Abott, no Centro da cidade.

Pelo sistema tradicional, as ligações para o Samu caem em uma central em Porto Alegre, onde há o cadastro do usuário com informações pertinentes para o atendimento. Na sequência, a chamada entra em uma fila de espera para regulação do médico nesta mesma estrutura. Com a implantação da nova dinâmica, a ligação inicial ainda cairá em Porto Alegre, mas o médico regulador de Santa Cruz do Sul terá acesso assim que a demanda entrar no sistema, após o primeiro filtro.

Para viabilizar as melhorias, os oito médicos do Samu no município receberam treinamento no fim de 2019. Depois, passaram por capacitação junto à central de regulação em Porto Alegre. Além dos médicos, a equipe do serviço é composta por seis enfermeiros, nove condutores e oito técnicos em enfermagem. A base local conta ainda com duas ambulâncias, uma básica e outra de suporte avançado, e uma “motolância”. Também estão disponíveis duas ambulâncias reservas.

A coordenadora do Samu em Santa Cruz, Catia Carvalho, ressalta que a regulação compartilhada pode ser considerada um primeiro passo para a implantação de uma central do Samu em Santa Cruz do Sul. “Nossa intenção ao aderir ao programa foi de reduzir o tempo de resposta. Para nós que somos da urgência e emergência isso é extremamente importante”, sinaliza.

O atendimento do Samu é pelo telefone 192 e pode ocorrer também pelo aplicativo Chamar 192 – SAMU, lançado no ano passado pelo governo estadual. O funcionamento da Central Compartilhada vai ser das 8 às 18h, de segunda a sexta-feira. Apenas as chamadas de Santa Cruz do Sul serão atendidas pelo novo sistema. O Samu registra entre 350 e 400 atendimentos por mês no município. Também são realizados aproximadamente 25 transportes mensais, locais ou de cidades vizinhas que integram a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, para hospitais no Estado.

O investimento anual do município para implantação da Central é de R$ 36 mil. O valor inclui a locação do sistema de software, treinamento, fornecimento de microcomputador, dois monitores, nobreak e acesso de link à internet. Para o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, a Regulação Compartilhada do Samu foi a alternativa encontrada pelo município para agilizar os atendimentos de resgate. “É um tempo que pode salvar vidas. Esse sistema é a ferramenta que encontramos, já que a regionalização sairia muito cara para o Município. É um projeto-piloto, só Bento Gonçalves e Santa Maria que também possuem. É uma modernização importante”, observa.


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