Reserva Indígena do Guarita tem novo comando
O novo cacique foi apresentado na sede da Coordenação Regional da Funai, em Passo Fundo
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Seguindo os costumes da cultura indígena, a eleição foi promovida no domingo (7) em encontro no Centro Administrativo Indígena, localizado no Km 10 da Reserva do Guarita, com a presença de representantes indígenas, entidades religiosas, esportivas, e da área da saúde e educação. Segundo nota divulgada pelas lideranças indígenas, o novo cacicado foi eleito por unanimidade e a ata entregue à Funai.
A composição das lideranças começou a mudar ainda em 2017 e continua incerta. Com a prisão do então cacique, Valdonês Joaquim, em novembro do ano passado, por suposto apoio operacional à quadrilha que assaltou agências bancárias em Miraguaí, Marcelino Mineiro passou de vice-cacique para cacique, com o aval do grupo que apoiava Valdonês. Entretanto, Marcelino Mineiro morreu na semana passada.
Insatisfeito com as escolhas, grupo liderado pelo ex-cacique Carlinhos Alfaiate deflagrou um processo eleitoral. A Comissão Eleitoral Permanente divulgou nesta semana que seis candidaturas foram homologadas. O processo estipula prazos para a publicação final das chapas homologadas e do início da campanha, previsto para o dia 9 de março.
Segundo a Funai, o processo eleitoral não está confirmado. A assessoria de imprensa da fundação informou que, por sugestão do Ministério Público Federal, uma reunião deve ser realizada com representantes dos dois grupos para chegar a um consenso pacífico sobre a situação.
A fundação pretende realizar a reunião entre os dias 15 e 19 deste mês, no escritório da Funai, em Miraguaí. Este encontro deve ter a presença do cacique e suas lideranças e de cinco membros do outro grupo. Conforme a assessoria de imprensa da Funai, a data não foi confirmada porque a Polícia Federal informou não dispor de efetivo para o apoio necessário.
